AS DIFICULDADES DOS IMIGRANTES ALEMÃES ENGANADOS NO BRASIL
A história dos alemães na Rússia e das regiões em volta do Império Alemão. Desde o século XVIII por volta do ano de 1763, quando Catarina II tornou-se imperatriz da Rússia. Ela fez um manifesto chamando por imigrantes para colonizarem uma vasta região de terras virgens à volta do rio Volga. Para encorajar a vinda de imigrantes, o manifesto assegurava importantes privilégios a esses imigrantes encorajados por uma autonomia política, liberdade religiosa, isenção do serviço militar e isenção de impostos.
Esses direitos e privilégios ofereciam a chance de uma vida melhor e então milhares de pessoas de estados alemães e da Europa Central emigraram para a Rússia. Há várias razões para uma grande quantidade de alemães saíram de sua terra natal. Muitas regiões na Alemanha estavam devastadas e a pobreza estava disseminada.
No século XVII a Alemanha estava dividida mais de 300 unidades politicas, Governada por eleitores, arcebispos, Duques, Landgraves, Conselhos Municipais, Condes, Cavaleiros Imperiais entre outras funções de alto nível.
Então havia uma insatisfação constante e também revoluções. Para perceber um pouco que ficava uma mistura total de povos e conflitos, e estes conflitos gerava mais conflitos e perdurava por séculos.
VEJAMOS UM POUCO COMO FICOU
Então no inicio do século XVII mudou a posição politica governamental; a Bélgica foi anexada aos Habsburgos e ser governada através de Viena; enquanto Itália foi dividida em 11 Estados, a maioria deles governados pelos Habsburgos ou seja pelos Austricos ou Bourbons, Franceses e espanhóis. O Sacro Império Romano Germânico incluindo os Tchecos, Húngaros e mais algumas nacionalidades formando –se a Alemanha. A Polônia foi dividida em três regiões, Governado pelo Governo em Berlim, Viena e São Petersburgo a Polônia por estas medidas sofrera consequências posteriores .
No final da pratica Feudal deu um impulso na agricultura, e a remoção de pessoas por causa do acercamento e com a liberação do comercio sobrou muitas pessoas e estas foram se amontoando nas periferias das Cidades.
Com o confisco de bens pela Igreja e com as construções de Escolas, Mosteiros, Conventos e também Universidades surgiram novas ideias cientificas e tecnologias, mas em compensação sobrou muitas gente na miséria com fome , comfalta de trabalho, falta de moradias, entre outras crises.
Por este motivo muitos dos alemães optaram em se ariscar numa aventura desconhecida para garantir seu sustento numa nova terra.
Ainda mais quando a Alemanha, depois do Congresso de Viena, passara a constituir uma Confederação composta por numerosos estados, cuja política exterior era coordenada por uma Assembleia que se reunia em Frankfurt. A Prússia e a Áustria lideravam esta Confederação.
Cidades Medievais do Império Alemão |
Na Prússia, em 18 de março de 1848, verificou-se extraordinária manifestação popular diante do palácio real, provocando a reação das tropas. O movimento alastrou-se e Frederico Guilherme, rei da Prússia, teve de se humilhar prometendo uma Constituição ao povo insurgido.
Vários Estados juntaram-se ao movimento, aproveitando a oportunidade para tentar a unificação política. Em março, reuniu-se em Frankfurt uma Assembleia preparatória para um Parlamento representativo, que deveria iniciar seus trabalhos legislativos em maio.
Os príncipes alemães aproveitaram-se da divisão entre os revolucionários para retomar o poder abalado. Em novembro de 1848, Berlim foi tomada e a Constituinte dissolvida pelo exército. O movimento liberal fora abafado
A Assembleia de Frankfurt decidiu eleger como imperador o rei da Prússia, que recusou por se considerar rei por vontade de Deus. Propôs, entretanto, aos príncipes alemães a criação de um império. A Áustria, em 1850, impôs à Prússia o recuo nesses projetos e em qualquer mudança da ordem existente.Europa /Alemanha
Visando à maior integração entre os Estados germânicos
foi criado, em 1834, o Zollverein, espécie de liga aduaneira que liberava a
circulação de mercadorias nos territórios dos membros componentes, em torno da
Prússia e sem a participação da Áustria.
Esta política econômica estimulou o desenvolvimento
industrial, que por sua vez acentuou o nacionalismo germânico, o desejo de
independência e de união política. O mesmo aspecto liberal e nacionalista que
vimos aparecer na Itália também se manifestava lá.
Na Prússia, em 18 de março de 1848, verificou-se
extraordinária manifestação popular diante do palácio real, provocando a reação
das tropas. O movimento alastrou-se e Frederico Guilherme, rei da Prússia, teve
de se humilhar prometendo uma Constituição ao povo insurgido.
Vários Estados juntaram-se ao movimento, aproveitando a
oportunidade para tentar a unificação política. Em março, reuniu-se em
Frankfurt uma Assembleia preparatória para um Parlamento representativo, que
deveria iniciar seus trabalhos legislativos em maio.
Os príncipes alemães aproveitaram-se da divisão entre os
revolucionários para retomar o poder abalado. Em novembro de 1848, Berlim foi
tomada e a Constituinte dissolvida pelo exército. O movimento liberal foram
abafado.
A Assembleia de Frankfurt decidiu eleger como imperador o Rei da Prússia, que recusou por se considerar Rei por vontade de Deus. Propôs, entretanto, aos príncipes alemães a criação de um Império. A Áustria, em 1850, impôs a Prússia o recuo nesse projeto e em qualquer mudança de ordem existente.Império Alemão em conflito |
As viagens eram uma verdadeira e grande aventura. As viagens pelo Atlântico levava de 90 a 120 dias isto quando ia tudo bem, por muitas vezes demorava muito mais.
No inicio do ano de 1818 vieram colonos suíços do cantão Friburgo, da Suíça alemã na área que denominaram Nova Friburgo, no reinado de D. João VI para Nova Friburgo, Rio de Janeiro. Vieram 165 famílias alemãs, para cultivar fumo, cacau e cereais em Ilhéus, Capitania da Bahia. E no ano de 1819, aproximadamente 200 famílias alemãs, instaladas no norte da Capitania da Bahia, São Jorge, Bahia. No mesmo ano de 1819, 40 famílias alemãs que foram contratadas para trabalhar na Fazenda Mandioca, tendo sido os primeiros colonos "braços livres" a trabalhar numa fazenda, no Brasil.
Os suíços que haviam chegado ao Brasil em 1819, oriundos de Freiburg e que aqui se instalaram em Nova Friburgo, tiveram uma viagem desastrosa. Por falta de organização aguardaram por 2 meses o embarque no porto da Holanda. Foram mal instalados e acabaram que ali mesmo morreram 43 imigrantes e foram enterraram ali mesmo.
Os 2.018 montanheses arrebanhados por campos e aldeias atravessaram o Atlântico espremidos em 7 barcos. Um dos barcos, da Urânia, em que embarcaram 437 passageiros, devido a uma epidemia, marcou sua rota marítima com um rastro de 107 corpos. Mais de um cadáver por dia. Um quarto dos passageiros lançados do tombadilho ou seja barco da morte. No Rio de Janeiro outra mortandade em decorrência de febres tropicais. Em Friburgo, na velha Suíça e no Rio de Janeiro, somaram o total de 389 mortos por febre.
Dos 2.018 colonos que saíram da Europa chegaram apenas 1.631 pessoas, no Brasil. O índice de mortandade parecido com o dos navios negreiros.
Com o ingresso de Major Schaeffer do ano de 1824 até 1829, no processo imigratório não aconteceria muitas mortes. O Major era extremamente diligente organizou com todo o cuidado os embarques. Em cada uma das 27 expedições que organizou de 1824 até 1829 havia um "comandante do transporte" ou "chefe da expedição", que zelavam pela disciplina, pela higiene do bordo bem como dos direitos e deveres dos passageiros muito rígido , para não dizer humilhante.
A alimentação não era descuidada. Os comandantes convidavam passageiros para os seus camarotes para comprovar que a alimentação servida aos tripulantes era a mesma que era servida aos passageiros. Em cada navio havia um médico cirurgião, farmacêutico e enfermeiros para cuidar da saúde bem como da higiene para evitar a erupção de epidemias a bordo.
Evidentemente que ocorreram muitas mortes nas viagens, mas estas sempre foram decorrentes de causas diversas, e não devidos à má alimentação ou falta de higiene da embarcação ou dos passageiros.Embora mais seguras quanto às moléstias às viagens não deixavam de representar um grande temor para os passageiros.
Em quatro dos vinte e sete embarcações que chegaram ao Rio de Janeiro de 1824 a 1829 foi uma verdadeira tragedia.O primeiro veleiro, o Argus saiu de Hamburgo no dia 27 de julho de 1823, desde o início foi assolado por fortes tempestades que sopravam para o Oeste. Depois de perder o mastro central atracou no porto holandês de Texel. Durante as reformas cerca de 30 passageiros fugiram com medo de prosseguir a viagem.
Em 10 de setembro reiniciou a viagem que não foi mais feliz que a primeira. Nova tempestade os obrigou a arribar na Ilha de Wight, ainda na Holanda. Depois de 15 dias, inicia a terceira partida, mas um forte furacão obriga a embarcação a atracar no Porto de Biscaia na Espanha e mais tarde nas costas da África, onde após muitas delongas conseguiu fazer um ancoradouro seguro na Ilha de Tenerife, de onde partiu no dia 8 de Novembro para chegar no dia 7 de Janeiro de 1824 ao Rio de Janeiro, trazendo 284 pessoas, sendo 134 colonos e 150 soldados. Entre os passageiros encontrava-se o pastor Friedrich Oswald Sauerbronn, o primeiro pastor evangélico do Brasil que se radicou em Nova Freiburgo cuja esposa faleceu durante a viagem em virtude de um parto. No Argus também viajou Karl Niethammer o primeiro boticário da Colônia Alemã de São Leopoldo.
Outro veleiro que passou por peripécias foi o veleiro Germânia que trouxe a 4º leva de imigrantes. Capitaneado por Hans Voss e tendo como "comandante do transporte" o Ten. Ferdinand von Kiesewetter. Partiu de Hamburgo no dia 9 de maio de 1824 até o porto de Glückstadt, no Rio Elba, de onde zarpou no de 3 de junho de 1824 e chegou ao Brasil o Estado de Rio de Janeiro no dia 14 de setembro de 1824 trazendo 401 passageiros sendo 277 soldados e 124 colonos. A bordo estavam também o pastor Johann Georg Ehlers, Karl von Ende e Johann Daniel Hillebrand.Johann Georg Ehlers foi o primeiro pastor evangélico de São Leopoldo e que iniciou os registros eclesiásticos ainda a bordo do Germânia; o Karl von Ende o primeiro médico e o Johann Daniel Hillebrand também era médico e o primeiro administrador da Colônia Alemã de São Leopoldo. A viagem deste veleiro foi marcada por rebeliões e desordens.
O navio além de 124 colonos trazia também 277 soldados, entre eles um pequeno contingente de ex-prisioneiros saídos das casas de reclusão de Hamburgo. Ainda atracado em Glückstadt no Elba um recruta tentou incendiar a embarcação. Durante uma tempestade houve rebelião a bordo. Após das investigações por uma Comissão foram responsabilizados 8 passageiros, todos ex-prisioneiros das prisões de Hamburgo que foram julgados e fuzilados. O Pastor Ehlers e o médico Hillebrand faziam parte da Comissão.
No inicio do ano de 1818 vieram colonos suíços do cantão Friburgo, da Suíça alemã na área que denominaram Nova Friburgo, no reinado de D. João VI para Nova Friburgo, Rio de Janeiro. Vieram 165 famílias alemãs, para cultivar fumo, cacau e cereais em Ilhéus, Capitania da Bahia. E no ano de 1819, aproximadamente 200 famílias alemãs, instaladas no norte da Capitania da Bahia, São Jorge, Bahia. No mesmo ano de 1819, 40 famílias alemãs que foram contratadas para trabalhar na Fazenda Mandioca, tendo sido os primeiros colonos "braços livres" a trabalhar numa fazenda, no Brasil.
Os suíços que haviam chegado ao Brasil em 1819, oriundos de Freiburg e que aqui se instalaram em Nova Friburgo, tiveram uma viagem desastrosa. Por falta de organização aguardaram por 2 meses o embarque no porto da Holanda. Foram mal instalados e acabaram que ali mesmo morreram 43 imigrantes e foram enterraram ali mesmo.
Os 2.018 montanheses arrebanhados por campos e aldeias atravessaram o Atlântico espremidos em 7 barcos. Um dos barcos, da Urânia, em que embarcaram 437 passageiros, devido a uma epidemia, marcou sua rota marítima com um rastro de 107 corpos. Mais de um cadáver por dia. Um quarto dos passageiros lançados do tombadilho ou seja barco da morte. No Rio de Janeiro outra mortandade em decorrência de febres tropicais. Em Friburgo, na velha Suíça e no Rio de Janeiro, somaram o total de 389 mortos por febre.
Dos 2.018 colonos que saíram da Europa chegaram apenas 1.631 pessoas, no Brasil. O índice de mortandade parecido com o dos navios negreiros.
Com o ingresso de Major Schaeffer do ano de 1824 até 1829, no processo imigratório não aconteceria muitas mortes. O Major era extremamente diligente organizou com todo o cuidado os embarques. Em cada uma das 27 expedições que organizou de 1824 até 1829 havia um "comandante do transporte" ou "chefe da expedição", que zelavam pela disciplina, pela higiene do bordo bem como dos direitos e deveres dos passageiros muito rígido , para não dizer humilhante.
A alimentação não era descuidada. Os comandantes convidavam passageiros para os seus camarotes para comprovar que a alimentação servida aos tripulantes era a mesma que era servida aos passageiros. Em cada navio havia um médico cirurgião, farmacêutico e enfermeiros para cuidar da saúde bem como da higiene para evitar a erupção de epidemias a bordo.
Evidentemente que ocorreram muitas mortes nas viagens, mas estas sempre foram decorrentes de causas diversas, e não devidos à má alimentação ou falta de higiene da embarcação ou dos passageiros.Embora mais seguras quanto às moléstias às viagens não deixavam de representar um grande temor para os passageiros.
Em quatro dos vinte e sete embarcações que chegaram ao Rio de Janeiro de 1824 a 1829 foi uma verdadeira tragedia.O primeiro veleiro, o Argus saiu de Hamburgo no dia 27 de julho de 1823, desde o início foi assolado por fortes tempestades que sopravam para o Oeste. Depois de perder o mastro central atracou no porto holandês de Texel. Durante as reformas cerca de 30 passageiros fugiram com medo de prosseguir a viagem.
Em 10 de setembro reiniciou a viagem que não foi mais feliz que a primeira. Nova tempestade os obrigou a arribar na Ilha de Wight, ainda na Holanda. Depois de 15 dias, inicia a terceira partida, mas um forte furacão obriga a embarcação a atracar no Porto de Biscaia na Espanha e mais tarde nas costas da África, onde após muitas delongas conseguiu fazer um ancoradouro seguro na Ilha de Tenerife, de onde partiu no dia 8 de Novembro para chegar no dia 7 de Janeiro de 1824 ao Rio de Janeiro, trazendo 284 pessoas, sendo 134 colonos e 150 soldados. Entre os passageiros encontrava-se o pastor Friedrich Oswald Sauerbronn, o primeiro pastor evangélico do Brasil que se radicou em Nova Freiburgo cuja esposa faleceu durante a viagem em virtude de um parto. No Argus também viajou Karl Niethammer o primeiro boticário da Colônia Alemã de São Leopoldo.
Outro veleiro que passou por peripécias foi o veleiro Germânia que trouxe a 4º leva de imigrantes. Capitaneado por Hans Voss e tendo como "comandante do transporte" o Ten. Ferdinand von Kiesewetter. Partiu de Hamburgo no dia 9 de maio de 1824 até o porto de Glückstadt, no Rio Elba, de onde zarpou no de 3 de junho de 1824 e chegou ao Brasil o Estado de Rio de Janeiro no dia 14 de setembro de 1824 trazendo 401 passageiros sendo 277 soldados e 124 colonos. A bordo estavam também o pastor Johann Georg Ehlers, Karl von Ende e Johann Daniel Hillebrand.Johann Georg Ehlers foi o primeiro pastor evangélico de São Leopoldo e que iniciou os registros eclesiásticos ainda a bordo do Germânia; o Karl von Ende o primeiro médico e o Johann Daniel Hillebrand também era médico e o primeiro administrador da Colônia Alemã de São Leopoldo. A viagem deste veleiro foi marcada por rebeliões e desordens.
O navio além de 124 colonos trazia também 277 soldados, entre eles um pequeno contingente de ex-prisioneiros saídos das casas de reclusão de Hamburgo. Ainda atracado em Glückstadt no Elba um recruta tentou incendiar a embarcação. Durante uma tempestade houve rebelião a bordo. Após das investigações por uma Comissão foram responsabilizados 8 passageiros, todos ex-prisioneiros das prisões de Hamburgo que foram julgados e fuzilados. O Pastor Ehlers e o médico Hillebrand faziam parte da Comissão.
EXEMPLO DE UM VELEIRO DE DOIS MASTROS |
O veleiro Cäcília também teve uma viagem muito complicada. Depois de passar por terrível tempestade em que perdeu todos os seus mastros, foi abandonado pelo Capitão por considerar a embarcação perdida. Ficou vagando ao "Deus dará" pelo Canal da Mancha até ser encontrado por um barco inglês que o rebocou até o porto de Plymouth na Inglaterra. Ali os náufragos aguardaram por 2 anos por um novo embarque para a América, fato proporcionado para interferência da imperatriz austríaca Dona Amélia von Leuchtenberg em viagem ao Brasil. Os passageiros do Cäcilia que deixaram a Alemanha em 1827 chegaram ao Rio de Janeiro no dia 29 de Setembro de 1829, sendo esta data comemorada, ainda hoje, no "Michelskerb" (Kerb de São Miguel) de Dois Irmãos e São José do Hortêncio onde a maioria dos passageiros do Cäcilia se estabeleceram.
Não menos turbulenta foi a viagem do brigue holandês "Ativo". Depois de uma tenebrosa travessia do Atlântico ao invés de atracar no Rio de Janeiro foi até a costa de Pernambuco, onde 122 dos 140 passageiros 18 morreram durante a viagem, e os restante dos imigrantes foram abandonados à própria sorte. Estes fundaram um pequeno núcleo germânico que batizaram de Santa Amélia. Estes se dedicaram à agricultura rudimentar e à produção de carvão vegetal. Consta que alguns com recursos próprios e viajando até em carros de boi, fora através das matas, chegaram anos depois em Santa Catarina e outros no Rio Grande do Sul.
Nada pode ser comparado com a embarcação da Company Patie, Holandesa este zarpou no dia 10 de outubro de 1825. O Brasil do mês Dezembro de 1825 entrou em conflito com Argentina. A guerra contra a Argentina pela posse da Província Cisplatina, ( atual Uruguai). Ao chegar próximo ao Rio De Janeiro.
Em Janeiro de 1826 o Company Patie foi aprisionado por corsários a serviço dos castelhanos, sendo levado ao sul com destino à Argentina. Na entrada do porto de Buenos Ayres a embarcação foi interceptada por navio de guerra brasileiro e os passageiros instalados na Ilha das Flores situada nem frente a Montevidéu. Dali dos 281 cerca de 200 fugiu para a Argentina, com o "comandante do transporte" Karl Heine que dizem ter sido um agente de imigração a serviço de Rosas. Os 81 restantes voltaram ao Rio de Janeiro aonde chegaram em 17 de maio de 1826.
A relação de acidentes com embarcações, no primeiro período da imigração que vai de 1824 a 1830, encerra-se com o naufrágio do Bergantim Flor de Porto Alegre. Saiu do Rio de Janeiro em fins de 1824 com destino a Porto alegre.
No início de Janeiro de 1825 naufragou na costa gaúcha, encalhado nos bancos de areia em frente a Mostardas. Dos 61 passageiros 2 morreram afogados. Os demais se salvaram nadando até a praia onde foram acolhidos pelos moradores do lugar.Uma media de 15 colonos instalaram-se em Torres.
Houve vários náufragos com imigrantes; entre estes, estava o pastor Leopold Voges que chegaram no dia 11 e Fevereiro de 1825 em São Leopoldo.
O Imperador D.Pedro I passou a se dedicar a ocupação das terras vazias do Sul do Brasil. Para cumprir essa tarefa, o governo brasileiro optou pela vinda de imigrantes. O Brasil acabara de se tornar independente de Portugal, portanto, os portugueses não podiam ser os ocupantes das terras brasileiras.
A imperatriz do Brasil, Dona Leopoldina, era Austríaca e, por essa razão, o Brasil optou por trazer imigrantes germânicos para o país. Os alemães tornaram-se os primeiros imigrantes a se estabelecer no Brasil, após os portugueses. O primeiro grupo de colonos alemães aportou no Brasil em 1824. Foi recrutado pelo major Jorge Antonio Schaffer e encaminhados para o atual município de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Os colonos tiveram que construir suas próprias casas. Receberam sementes para o plantio e gado para o sustento. De início, São Leopoldo não se desenvolveu. Porém, com a chegada de novos imigrantes, a colônia cresceu. A partir de São Leopoldo, os alemães desbravaram a região, seguindo o caminho dos rios. Em alguns anos, toda a região do Vale do Rio dos Sinos estava sendo ocupada pelos colonos germânicos. Em 1826, surgiu o primeiro curtume na região do vale. A seguir, estalaram-se moinhos de trigo, uma fábrica de sabão, ferrarias, oficinas de lapidação de pedras, além de um número enorme de sapatarias ainda hoje um dos maiores pólos da indústria de calcados do Brasil.
A colonização continuou à medida que os alemães, em sua maioria partindo de São Leopoldo, buscavam novas terras em lugares mais distantes. Essas colônias já não eram patrocinadas pelo governo, e sim colônias privadas. A colonia Santa Isabel a homenagem a princesa Isabel, foi fundada no ano de 1847, esta colonia foi fundada ás margens do Rio dos Bugres. Venceram as primeiras dificuldades numa terra estranha e cheio de morros e pedras, com uma agricultura fraca sem retorno da produção.
Colônia antiga, como Novo Hamburgo, estabelecida pouco tempo depois de São Leopoldo, serviu de apoio para a criação de colônias mais novas, como Estrela fundada em 1853, Lajeado no ano de 1853 e Teutônia foi fundada no ano de 1868.
Outras colônias, só foram criadas tempos depois, como a colônia de Juí foi fundada no ano de 1890. Sobradinho foi fundado no ano de 1901 e colônia Erechim foi fundada no ano de 1908. Essas últimas colônias já não eram exclusivamente alemãs, pois agregavam imigrantes de outras nacionalidades. A imigração alemã no Rio Grande do Sul foi contínua. Entre 1824 e 1830 entraram no Rio Grande 5.350 alemães. Após de 1830 até no ano de 1844 a imigração foi interrompida.
Mas entre os anos de 1844 e 1850 vieram mais dez mil pessoas germânicas, e entre 1860 até 1889 vieram outros dez mil imigrantes.
Entre 1890 e 1914 chegaram mais 17 mil pessoas. Os imigrantes alemães protestantes formaram a maioria dessa corrente imigratória e as igreja luteranas foram estabelecidas nas colônias para atender aos fiéis. Porém, o número de católicos também era grande. Com o passar do tempo, a maior parte dos alemães e descendentes passaram a ser católicos.
EMBARCAÇÃO PELO SCHAEFFER
Nos 27 embarques organizados por Schaeffer entre o ano de 1824 até o ano de1829, chegaram ao Rio de Janeiro cerca de 5.000 colonos e outros tantos soldados. Estes eram engajados nos Batalhões dos Estrangeiros. Os colonos ficavam alojados em galpões da Praia Grande ( Niterói), aguardando viagem ao sul.
Não menos turbulenta foi a viagem do brigue holandês "Ativo". Depois de uma tenebrosa travessia do Atlântico ao invés de atracar no Rio de Janeiro foi até a costa de Pernambuco, onde 122 dos 140 passageiros 18 morreram durante a viagem, e os restante dos imigrantes foram abandonados à própria sorte. Estes fundaram um pequeno núcleo germânico que batizaram de Santa Amélia. Estes se dedicaram à agricultura rudimentar e à produção de carvão vegetal. Consta que alguns com recursos próprios e viajando até em carros de boi, fora através das matas, chegaram anos depois em Santa Catarina e outros no Rio Grande do Sul.
Nada pode ser comparado com a embarcação da Company Patie, Holandesa este zarpou no dia 10 de outubro de 1825. O Brasil do mês Dezembro de 1825 entrou em conflito com Argentina. A guerra contra a Argentina pela posse da Província Cisplatina, ( atual Uruguai). Ao chegar próximo ao Rio De Janeiro.
Em Janeiro de 1826 o Company Patie foi aprisionado por corsários a serviço dos castelhanos, sendo levado ao sul com destino à Argentina. Na entrada do porto de Buenos Ayres a embarcação foi interceptada por navio de guerra brasileiro e os passageiros instalados na Ilha das Flores situada nem frente a Montevidéu. Dali dos 281 cerca de 200 fugiu para a Argentina, com o "comandante do transporte" Karl Heine que dizem ter sido um agente de imigração a serviço de Rosas. Os 81 restantes voltaram ao Rio de Janeiro aonde chegaram em 17 de maio de 1826.
A relação de acidentes com embarcações, no primeiro período da imigração que vai de 1824 a 1830, encerra-se com o naufrágio do Bergantim Flor de Porto Alegre. Saiu do Rio de Janeiro em fins de 1824 com destino a Porto alegre.
No início de Janeiro de 1825 naufragou na costa gaúcha, encalhado nos bancos de areia em frente a Mostardas. Dos 61 passageiros 2 morreram afogados. Os demais se salvaram nadando até a praia onde foram acolhidos pelos moradores do lugar.Uma media de 15 colonos instalaram-se em Torres.
Houve vários náufragos com imigrantes; entre estes, estava o pastor Leopold Voges que chegaram no dia 11 e Fevereiro de 1825 em São Leopoldo.
O Imperador D.Pedro I passou a se dedicar a ocupação das terras vazias do Sul do Brasil. Para cumprir essa tarefa, o governo brasileiro optou pela vinda de imigrantes. O Brasil acabara de se tornar independente de Portugal, portanto, os portugueses não podiam ser os ocupantes das terras brasileiras.
A imperatriz do Brasil, Dona Leopoldina, era Austríaca e, por essa razão, o Brasil optou por trazer imigrantes germânicos para o país. Os alemães tornaram-se os primeiros imigrantes a se estabelecer no Brasil, após os portugueses. O primeiro grupo de colonos alemães aportou no Brasil em 1824. Foi recrutado pelo major Jorge Antonio Schaffer e encaminhados para o atual município de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Os colonos tiveram que construir suas próprias casas. Receberam sementes para o plantio e gado para o sustento. De início, São Leopoldo não se desenvolveu. Porém, com a chegada de novos imigrantes, a colônia cresceu. A partir de São Leopoldo, os alemães desbravaram a região, seguindo o caminho dos rios. Em alguns anos, toda a região do Vale do Rio dos Sinos estava sendo ocupada pelos colonos germânicos. Em 1826, surgiu o primeiro curtume na região do vale. A seguir, estalaram-se moinhos de trigo, uma fábrica de sabão, ferrarias, oficinas de lapidação de pedras, além de um número enorme de sapatarias ainda hoje um dos maiores pólos da indústria de calcados do Brasil.
A colonização continuou à medida que os alemães, em sua maioria partindo de São Leopoldo, buscavam novas terras em lugares mais distantes. Essas colônias já não eram patrocinadas pelo governo, e sim colônias privadas. A colonia Santa Isabel a homenagem a princesa Isabel, foi fundada no ano de 1847, esta colonia foi fundada ás margens do Rio dos Bugres. Venceram as primeiras dificuldades numa terra estranha e cheio de morros e pedras, com uma agricultura fraca sem retorno da produção.
Colônia antiga, como Novo Hamburgo, estabelecida pouco tempo depois de São Leopoldo, serviu de apoio para a criação de colônias mais novas, como Estrela fundada em 1853, Lajeado no ano de 1853 e Teutônia foi fundada no ano de 1868.
Outras colônias, só foram criadas tempos depois, como a colônia de Juí foi fundada no ano de 1890. Sobradinho foi fundado no ano de 1901 e colônia Erechim foi fundada no ano de 1908. Essas últimas colônias já não eram exclusivamente alemãs, pois agregavam imigrantes de outras nacionalidades. A imigração alemã no Rio Grande do Sul foi contínua. Entre 1824 e 1830 entraram no Rio Grande 5.350 alemães. Após de 1830 até no ano de 1844 a imigração foi interrompida.
Mas entre os anos de 1844 e 1850 vieram mais dez mil pessoas germânicas, e entre 1860 até 1889 vieram outros dez mil imigrantes.
Entre 1890 e 1914 chegaram mais 17 mil pessoas. Os imigrantes alemães protestantes formaram a maioria dessa corrente imigratória e as igreja luteranas foram estabelecidas nas colônias para atender aos fiéis. Porém, o número de católicos também era grande. Com o passar do tempo, a maior parte dos alemães e descendentes passaram a ser católicos.
EMBARCAÇÃO PELO SCHAEFFER
Nos 27 embarques organizados por Schaeffer entre o ano de 1824 até o ano de1829, chegaram ao Rio de Janeiro cerca de 5.000 colonos e outros tantos soldados. Estes eram engajados nos Batalhões dos Estrangeiros. Os colonos ficavam alojados em galpões da Praia Grande ( Niterói), aguardando viagem ao sul.
UM VELEIRO DE TRÊS MASTROS |
A Capital da Província de São Pedro era atingida em média em três semanas de viagem. Ao desembarcarem em terras brasileira até depois de recepcionados pelo Presidente da Província, ficavam alojados na extremidade sul do porto, em prédio do arsenal de guerra, próximo à atual usina do gasômetro.
Para o transporte até São Leopoldo, na época conhecida por "Passo do Courita" Ali morava um português natural de Coura. Eram utilizados lanchas toldados, movidos à vela e a remo.
Em carretas os colonos chegavam à Feitoria do Linho-Cânhamo onde ficavam alojados até o recebimento do seu lote de terras.
As Feitorias havia sido fundada no ano de 1783, pelo vice-rei Dom Luiz de Vasconcellos e Souza e instalada inicialmente no sul do Estado no local então denominado de "Rincão do Caguçu".
Seu objetivo era plantar o linho-cânhamo, cientificamente conhecida por "canabis sativa" e que hoje e conhecida por "maconha". Esta planta fornecia excelente fibra para a fabricação de cordas, cordoalhas e velas largamente empregadas na navegação da época. Devido a sucessivos déficits, creditados à baixa produtividade das terras, foi a Feitoria em 1788 transferida para as margens do Rio dos Sinos. Os resultados ali obtidos também não foram satisfatórios. Por isso foi extinta no dia 3 de março de 1824. Suas terras, correspondentes a duas léguas, correspondentes a 180 colônias de 100.000 braças quadradas, foram subdivididas e distribuídas entre os colonos alemães que ali aportaram, em numero de 39 pessoas no dia 25 de Julho de 1824.
Dos 321 escravos apenas nove permaneceram na Feitoria à disposição da administração José Thomás de Lima e que prestaram grande serviço na construção das casas para o alojamento dos imigrantes que ano a ano vinham em maior número.
No ano de 1824 chegaram a São Leopoldo, 126 imigrantes; no ano de 1825 vieram 909; no ano de 1826 desembarcaram 828 imigrantes; em 1827 vieram 1.088 imigrantes;no ano de 1828 ,veio 99 imigrantes; em 1829 desembarcaram no Brasil 1.689 imigrantes e no ano de 1830 chegaram 117 imigrantes ao total de 4.830 imigrantes.
Os recém chegados à Feitoria de logo se depararam com novos problemas: Por falta de demarcação das terras, muitos ficaram instalados nos prédios antes ocupados pelos escravos, ou seja nas senzalas, aguardando por meses o assentamento dos lotes que não aconteceu.
A demarcação dos lotes fora feita apenas na parte frontal, ficando os limites laterais por conta dos proprietários, o que gerou muitas brigas e questões judiciais;Os subsídios que deveriam ser pagos nos primeiros dois anos eram suspensos tão logo os agricultores não tiveram meios do seu sustento por não conhecer as plantas tropicais, o que ocorreu já ao final do primeiro ano.
Os imigrantes que chegaram em 1829 e 1830 nada receberam, pois as verbas haviam sido suspensas no orçamento pelo governo imperial. Todos estes problemas e percalços não foram suficientes para demover o espírito empreendedor daquela pobre massa trabalhadora. Apenas um ano após a chegada dos primeiros imigrantes, junto ao "Passo do Courita" artesãos que não possuíam aptidão para o trabalho na terra haviam formado uma florescente povoação, posteriormente batizada de São Leopoldo. No primeiro período da imigração iniciou do ano de 1824 a 1830 todo os vale do Rio dos Sinos, havia sido ocupado pelos imigrantes.
Além de São Leopoldo haviam fundado Novo Hamburgo (Hamburgerberg), Campo Bom, Dois Irmãos (Baumschneis), Ivoti Berghanerschenis,depois Bom Jardim), Estancia Velha, Sapiranga (Leonerhof), além de São José do Hortêncio (Portugiserschneis).
A partir de 1836 haviam também ocupado terras ao leste de São Leopoldo como Taquara do Mundo Novo, fundada por Tristão Monteiro e Igrejinha, por eles batizada de "Kleinkirchen". Em todas estas localidades o comércio, a indústria e os artesãos ( sapateiros, curtidores, seleiros, ferreiros, carpinteiros, tecelões, alfaiates, etc. ) estavam em franco progresso, quando em 1835 estourou a Revolução Farroupilha.
Os imperiais ou legalistas juntaram-se ao Dr. Hillebrand a quem também se juntou o major Ferdinand Maximilian Kersting, Tem. Heinrich Wilhelm Mosye e outros; os rebeldes ou farroupilhas uniram-se ao Major Hans Ferdinand Albrecht Hermann von Salisch nomeado, pelo governo revolucionário, Diretor da Colônia de São Leopoldo. Durante os 10 anos da Revolução as atividades da Colônia estiveram paralisadas. O envolvimento da Colônia Alemã neste triste episódio que dividiu a família do Rio Grande do Sul, teve a participação de centenas de imigrantes, lutando de ambos os lados, semeando a morte , tristeza e a destruição em toda região.
O major Schaeffer: alemão contratava mercenários trazidos da Alemanha, para formar o "Corpo de Tropas Estrangeiras", no Exército Brasileiro, imediatamente após a proclamação da Independência, através do médico Anton Von Schaeffer, chegado no Brasil em 1821 e nomeado major da Guarda Imperial, pelo imperador D. Pedro I. Formaram dois batalhões de caçadores e dois de granadeiros.
Os contratados, dois tenentes engenheiros, que foram incorporados ao Exército Brasileiro, por não haver uma unidade de engenharia no Corpo de Tropas Estrangeiras: Os tenentes Halfeld e Koeler, que foram, respectivamente, fundadores de Juiz de Fora e de Petrópolis. Duzentos sessenta e quatro colonos evangélicos trazidos pelo major Schaeffer, que iriam para o Sul do Brasil, mas foram instalados perto do morro de Queimados, na Serra do Mar, para proteger a costa brasileira. No ano de 1824 a segunda expedição de colonos trazida pelo major Schaeffer, foram mandados para o Rio Grande do Sul, tendo sido instalados onde hoje são as cidades de São Leopoldo, Novo Hamburgo e outras colonias. Nessa região aconteceu a estúpida batalha, cujo relato ganhou o nome de Os Muckers.
A terceira expedição de colonos enviados pelo major Schaeffer, que fundaram a colônia de Três Forquilhas, também no Rio Grande do Sul. Foi no ano de 1825 o major Schaeffer trouxe para o Brasil a última leva de imigrantes alemães.
No ano de 1829
os alojados de Santo Amaro da Cidade de Santo Amaro em São
Paulo. Esses, na verdade, foram alojados no meio da selva, naquele momento, por
exigência dos fazendeiros escravocratas, que não os queriam próximo dos
escravos. Tentando assim escravizá-los também de uma forma ou de outra.
Em 1829
colonos Itapecerica, alojados onde hoje se situa a cidade de Itapecerica. do
mesmo ano de 1829 uma parte de uma expedição destinada ao Rio Grande do
Sul, fundaram a Colônia São Pedro de Alcântara, em Santa Catarina.
E mais tarde,
em 1846, para ela foram mandados 300 colonos que estavam no Rio de Janeiro, e
foram totalmente abandonados.
No mesmo ano
de 1829. A segunda expedição chegada em Santa Catarina, também parte de
uma expedição mandada para o Rio Grande do Sul, que foi alojada na foz do Rio
Itajaí, hoje o Municipio de Itajaí, onde foi fundada a cidade com o
nome de Itajaí.
Em 1835
a terceira expedição desembarcou, em Santa Catarina, alojando-se na
margem do rio Itajaí Pequeno.
No ano
de 1837. Os 283 colonos Justini, que se revoltaram pelas condições de viagem no
veleiro francês "Justini", que se destinava a Sydney, Austrália, e
desembarcaram no Rio de Janeiro, foram alojados no Caminho das Cabras, na serra
da Estrela, em Petrópolis.
Em 1839,
Os 196 artífices e suas famílias, destinados ao Recife, para remodelar a
cidade, Vieram através da Companhia de Operários. No mesmo ano
de 1839 foi formado um Batalhão de Polícia do Pará, com 800 soldados alemães
contratados para enfrentar os revoltosos da Cabanada; vitoriosos,
transformaram-se no; Primeiro Batalhão de Polícia do Pará.
No ano de
1845, foram 1.818 colonos alemães que se estabeleceram na fazenda Córrego
Secos, de propriedade de D. Pedro II. Em Petrópolis, Rio de
Janeiro.
Os Colonos que
foram instalados em Santa Isabel, e no Espírito Santo, no ano de 1847,
estes foram alojados em condições tão terríveis, que inspiraram a Graça Aranha
seu romance Canaã, pela precariedade e despeito com os imigrantes.
No mesmo ano
de 1847, 80 famílias contratadas pelo Senador Vergueiro, em São Paulo, para
trabalhar em sua fazenda, em regime de meação.
No ano de
1848. As 600 famílias importadas pelo governo da província foram alojados
em Macaé,foram abandonadas, largada a própria sorte muitas
das famílias inteiras morreram.
Em Niterói,do
Rio de Janeiro aconteceu também um abandono total dos imigrantes no
mesmo ano de 1848 uma parte dos mesmos sobreviventes acima 22
deles, foram alojados na localidade de Valão dos Veados.
No mesmo ano
de 1848 chegaram Colonos Leopoldina, estes colonos que foram para o
interior de Santa Catarina, onde fundaram a Colônia Leopoldina.
Em 1849
Colonos de Santa Cruz: contratados pelo governo imperial, fundaram a colônia
Santa Cruz, no interior do então São Pedro do Rio Grande do Sul.
No ano de 1850
vieram os Colonos Blumenau da Colônia São Paulo de Blumenau, fundada por
Hermann Bruno Otto Blumenau.
Em 1851,
chegaram os Colonos de Dona Francisca. Em terras pertencentes a irmã do
imperador Dão Pedro II, Dona Francisca, esta contratou a Sociedade Colonizadora
Hamburguesa para colonizar a área, na divisa do Paraná com Santa Catarina. Das
diversas cidades que resultaram desse empreendimento, a mais importante foi
Joinville.
No ano
de 1851, 1.800 homens alemães foram contratados, e 80 oficiais, que se compunha
de um batalhão de infantaria com seis companhias, um grupo de artilharia com
quatro baterias e duas companhias de sapadores, contratada do norte da Alemanha
pelo governo imperial para combater Manoel Rosas, sob o comando do então Conde
de Caxias, que se fixaram no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, após
terminada a missão.
Em 1852
tornaram –se colonos de fazendas, na Fazenda Santa Rosa, do Barão de Baependi,
132 colonos; para a Fazenda Independência, de Nicolau A. N. da Gama, vieram
172.
A Fazenda
Santa Justa, de Brás Carneiro Belens, ficou com 155 colonos. Destinaram 143 colonos
para a Fazenda Coroas, de M.N. Valença. E 67 colonos foram para a fazenda
Martim de Sá, de João Cardoso de Meneses. Em 1861, na inauguração da estrada de
rodagem União Indústria, todos eles vieram para Juiz de fora. No ano de
1855, vieram colonos para Rio Novo, quando chegaram à província do
Espírito Santo, foram alojados nas selvas do Rio Novo, onde muitos foram
trucidados pelos índios ou pelas feras.
Em 1856 Os
Colonos Santa Leopoldina compostos por colonos alemães e suíços, no Espírito
Santo, resultaram nas colônias de Jequitibá, Santa Maria, Campinho, Califórnia,
Santa Joana, Santa Cruz e de 25 de Julho.
No ano de 1856
Vieram colonos para Mucuri, contratados por Teófilo Ottoni, chegaram em
Nova Filadélfia, no Vale do Mucuri, os primeiros colonos alemães para Minas
Gerais. Maria Procópio havia trazido, em 1856, cerca de 250 alemães,
especialistas em pontes de ferro, mecânica, carpintaria, ferraria, construção;
em 1858, trouxe mais 508 mulheres e 636 homens, incluindo crianças e bebês.
Desses últimos, 641 eram católicos e 503, luteranos.
Em 1857 foi
formado a Colônia Santo Ângelo, chegaram em 01 Novembro 1857 as primeiras
famílias, a maioria alemães prussianas, que se estabeleceram na região do
hoje município de Agudo, no Rio Grande do Sul. Os
colonos de D. Pedro II: diz respeito a Mariano Procópio e à história de Juiz de
Fora. O primeiro embarque aconteceu na barca Teel, que saiu da Alemanha em 21
de abril de 1858, com 232 colonos com 116 homens e 116 mulheres; do
total, 145 protestantes e 87 católicos. Para a Companhia União e Indústria,
tendo chegado ao Rio de Janeiro, em 24 de maio de 1858.
O segundo aconteceu em 25 de junho de 1858, também
desembarcaram no Rio de Janeiro, com a barca Rhein. Foram 182 colonos de
ambos os sexos.
O terceiro desembarque no Rio de Janeiro ocorreu em 25 de
julho de 1858, trazendo 285 colonos na barca Gundela.
O quarto desembarque foi no dia 29 de julho de 1858,
trouxeram 249 imigrantes, pela barca Gessner.
No quinto e último foi pela barca Osnabrück, que chegou
no dia 3 de agosto de 1858, com 215 colonos.
No ano de 1859
os Imperadores ou os príncipes que estava governando o Império Alemão proibiram
a emigração para o Brasil, devido a um forte movimento que surgiu na Alemanha
contra esta emigração. Devido pelos vários problemas que acontecia na América
Brasil. Alguns dos problemas começavam já na vinda para o Brasil, nos
navios, em viagens que poderiam durar cerca de três à quatro meses pelo Oceano
Atlântico numa precariedade estrema. Em algumas situações, imigrantes esperavam
o navio por cerca de dois meses no porto de Hamburgo desolados e sem estrutura,
em condições precárias, sem alimentações sem alimentação, nenhum lugar para
pernoitar, onde inclusive ocorriam óbitos constantes. Muitas viagens foram feitas
em navios com excesso de passageiros, onde as pessoas viajavam espremidas, com
alimentação deficiente e má higiene, quando não aconteciam inúmeros mortes por
causa de epidemias. Também muitos imigrantes morriam ao chegar ao Brasil, por
causa de doenças tropicais. Ao chegar ao Brasil, os imigrantes alemães sofreram
para se adaptar ao clima brasileiro, ao idioma e às novas condições de vida,
normalmente primitivas, que já não tinham em seu país de origem.
Em
alguns casos, chegavam ao Brasil e por não estarem suas terras demarcadas,
ficavam alojados nas senzalas junto com os escravos, aguardando durante meses o
assentamento em seus lotes.Também por outros problemas como sendo escravizados
pelos senhores fazendeiros. Outro problema pala falta na demarcação de
terras, muitas é brigas surgiam e até mortes.
O
isolamento das colônias também dificultava a adaptação ao novo ambiente, na
medida em que faltava acesso a tratamento medico para doenças ou partos. Isto
que algumas colônias tinham seu próprio médico. Na maioria das vezes quem
atendia as mulheres eram as parteiras, muitas mulheres e crianças morriam por
não ter o atendimento adequado e para chegar na cidade mais próxima levava dias
por que o transporte era por tração animal,de carroça o que era muito lento.
Alem da distância, também envolvia a falta de dinheiro, as dificuldades
financeiras para obter o acesso do tratamento medico.
A
situação precária para sobrevivência causava muita decepção e desgosto, pois
não eram as perspectivas que tinham quando decidiram emigrar. As promessas de
que iriam para o "paraíso" aumentavam o sofrimento, quando estavam
frente a frente a matas fechadas para derrubarem a machado, onde inclusive as
mulheres ajudavam.
A espera pelo
cumprimento de promessas como o desenvolvimento da região com a construção de
vias de acesso e a promessa de subsídio com dinheiro ou instrumentos de
trabalho como as ferramentas, sementes,para inicias o plantio ou para cortar
algumas arvores para construir casas para suas famílias, nenhuma das promessas
foram cumpridas, na maior parte das colônias alemãs.
A liberdade de
culto de Religião Luterana, era somente tolerada por muitos anos, pois ia
contra a constituição brasileira. Para tanto, os imigrantes Luteranos não
poderiam construir prédios que tivessem a aparência de igreja, como usando
sinos e cruzes.
Muitas das
terras recebidas pelos imigrantes eram simplesmente montanhas, morros altos,
com muitas pedras, sem águas, secas e acidas, sem capacidade de dar boa
produção de alimentos para a própria substância. Até descobrirem estas terras
eram inférteis, já haviam investido com trabalho, tentando cultivá-las, e na da
espera da colheita, a frustração de não conseguir colher nada foi de muitas
famílias.
Os imigrantes
passavam fome por falta de alimento. Estas famílias adoeceram por falta de
recursos e descasos dos governantes da época. Alguns conseguiram caça de
animais pequenos para não ser a tragedia maior e total.
Quando os
imigrantes trabalhavam como empregados nas fazenda, dos senhores coronéis,
muitos se viram na condição de "semiescravidão", Eles trabalhavam por
horas a fio, e não recebiam o que foi no acordo. Na maioria das vezes só
passava por promessas, o que fora prometido pelo trabalho, isso quando não eram
maltratados pelos administradores ou pelos próprios donos das fazendas.
No Espírito Santo,
nas cidades de Santa Leopoldina e Santa Maria de Jetibá, o pomerano se tornou a
língua corrente. Com o fechamento das escolas alemãs em 1938 e 1939, o alemão
padrão era a língua usada somente nas igrejas.
Mesmo entre os
mais velhos, não há quem escreva o alemão oficial corretamente, além de não
haver uma escrita do pomerano. Novamente aqui, o português esta presente na
língua escrita.
O Hochdeutsch
é a língua oficial dos serviços religiosos. No início de 1852 embarcaram
em Hamburgo na Alemanha entre 800 e 900 pessoas em 4 navios. Elas haviam sido
solicitadas por sete grandes fazendeiros de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São
Paulo.
Os navios que
deslocaram -se da Alemanha foram estes: 1º. Colonist capitão J. Bade
partida 25.02.1852 destino Rio de Janeiro. 2º. Princess Louise capitão
Baehr partida 10.03.1852 destino Rio de Janeiro. 3º. Lorenz capitão L.
Saabye partida 11.03.1852 destino Rio de Janeiro. 4°. Catharina capitão
Lubaun partida 11.03.1852 destino Rio de janeiro. Para embarcar, os
imigrantes foram até a cidade de Kahla (ou Cahla, 100 km de Boehlen) a atual
Turíngia e de lá viajaram um dia de trem até Hamburgo.(Eisenbahn Karte von
Deutschland von 1849. O porto de Hamburgo era um emaranhado de de pessoas;
homens, mulheres e crianças levando consigo tudo o que podia,
estavam carregados de variedades de bagagens. Quando resolviam
emigrar para a America as famílias vendiam tudo que podiam e
traziam os poucos recursos que conseguiam. Eram os mais pobres que
vinham ao Brasil. Para trabalhar nas fazendas de café paulistas ou fluminenses,
isso porque até os custos da viagem ou seja as passagens era pagas adiantado,a
emigração para o Brasil tinha o único fator econômico. As
viagens eram bastante precárias, feitas em navios a velas, com três mastros.
Christian
Bass,passageiro do Lorenz, conta: “que durante a travessia do canal (da Mancha)
tivemos algumas noites de tempestade fazendo com que muitas caixas da
entrecoberta (do navio) virassem. Tivemos ao todo 21 dias de calmaria, perto do
Equador permanecemos parados 7 dias seguidos, e nos momentos mais quentes (a
temperatura) era de 30 a 40 graus.” Pela possibilidade de calmarias os
alimentos e a água eram racionados.
No dia 14 de
abril quase foram “afundados por um outro navio, pois o faroleiro adormeceu.”Naquela
época, a Alemanha estava dividida em uma porção de reinados, principados e
ducados, todos independentes, mas unidos precariamente pelo idioma. Ela viria a
ser unificada por Bismarck apenas em 1871.
Nos primeiros
50 anos de imigração, vieram para o Brasil muitos alemães e quase todos se
dedicaram à colonização agrícola. Essa colonização alterou a ocupação de
espaços, levando gente para áreas até então desprezadas.
Introduziu
também outras grandes modificações. Até aquele momento, a classe média brasileira
era insignificante e se concentrava nas cidades. Os colonos alemães acabaram
formando uma classe de pequenos proprietários e artesãos livres em uma
sociedade dividida entre senhores e escravos.
Foi notável a
diversidade e heterogeneidade cultural dos grupos de alemães que aportaram no
Brasil no século XIX. Eles vieram para povoar,os colonos alemães foram
conduzidos para diversas regiões do país, como Espírito Santo, Minas Gerais,
Rio de Janeiro e Bahia.
Preferencialmente,
as colônias das Regiões Sudeste e Sul do país, onde foram estabelecidas, por
iniciativa do governo imperial, em colônias no Estado de Rio Grande Sul, São
Paulo, Santa Catarina e Paraná. Isto tudo aconteceu ainda no século XIX.
O DIALETO POMERANO
O Pomerano
é um dialeto alemão que se define como uma variedade do Plattdeutsch.
Interessante notar que este dialeto sobrevive unicamente no Brasil, uma vez que
na Alemanha, com o fim da Pomerânia (Pommernland), que hoje tem seu território
dividido entre Alemanha e Polônia, não se tem mais notícias dele. Mas, se falam
o dialeto aqui no Brasil (no Espírito Santo, Pomerode, Harmonia), os Pomeranos
não o escrevem, pois não existe uma grafia do dialeto.
Atualmente já
há algumas tentativas de estabelecer uma escrita do Pomerano. Nas cidades
de falantes de Pomerano, o alemão padrão, ou Hochdeutsch, também é falado. Ele
é usado nos atos religiosos e festividades folclóricas. O lugar da língua
escrita, nestas cidades, é reservado primordialmente ao português e também ao
alemão. Um ponto que é importante ressaltar é que o domínio que os
descendentes de alemães Pomeranos tinham do ao alemão padrão muito tem a ver
com a condição dos imigrantes que para cá vieram. A maioria era pobre e, por
isso, sem condições econômica de aceder à educação à época da imigração,
inclusive pelas dificuldades que se enfrentava na Europa de ter acesso à
escola. Por isso, o alemão padrão, ensinado nas escolas na Alemanha, não era
comum a todos.
A origem e a
composição regional dos grupos de imigrantes alemães dependiam, em muito, dos
critérios e preferências dos agentes da emigração na Alemanha, enquanto o seu
destino no Brasil ficava nas mãos dos receptores brasileiros que os
distribuíam, considerando habilidades, interesses geo-políticos e econômicos.
Vindo
para o Brasil inicialmente como soldados e colonos, os alemães venceram grandes
dificuldades e marcaram de maneira muito significativa a história do Brasil. A
trajetória desses imigrantes para se firmarem aqui como sua tradição ainda está
presente nos dias atuais.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PERÍODO NÚMEROS DE IMIGRANTES
1824`a 1847 ………...................................…………….8.176
1848 à 1872 ……………………….………...………..19.553
1872 À 1879 ……………………………………….…14.325
1880 à 1889……………………………….…………..18.901
1890 à 1899 ……………………………...………….. 17.084
1900 à 1909 …………………………..………………13.848
1919 à 1919 …………………………..………………25.902
1920 à 1929 ……………………….………………..75.801
1930 à 1939…………………………………………..27.497
1940 à 1949 ……………………….…..…………….. 6.807
1950 à 1959 ……………………….…………………16.643
1960 a 1969 ………………………....………………. 5.659
Fontes Bibliograficas:
O clima da historia da Alemanha
1) Luiz José Stehling, JUIZ DE FORA, A COMPANHIA UNIÃO E INDÚSTRIA E OS ALEMÃES, 1979, edição da Prefeitura de Juiz de Fora, FUNALFA.
2) Paulino de Oliveira, HISTÓRIA DE JUIZ DE FORA, 2a. edição, 1966 (creio que seja edição do autor, porque só consta a gráfica: Gráfica Comércio e Indústria Ltda., Juiz de Fora).
3) Jair Lessa, JUIZ DE FORA E SEUS PIONEIROS (DO CAMINHO NOVO À PROCLAMAÇÃO) - Ed. UFJF e FUNALFA, 1985.
4) Oswaldo R. Cabral, HISTÓRIA DE SANTA CATARINA, 2a. edição, UFSC, 1970).
Parabéns a familia Heinrich Johann Wilhelmm Behringer através da historiadora Helmtraut Behringer que foram abençoados junto aos Henklain ou Henklein ou Haglein/Magnavita da minha familia que sairam em tempo da Europa que ceifou a vida de 80 milhões de pessoas em palco de 2 guerras mundiais por beligerantes viciados cheios de ódios e vinganças. Viva o Brasil!Meu endereço eletrônico: frednogueira@hotmail.com
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