terça-feira, 4 de setembro de 2012

DURANTE A 2º GUERRA PERSEGUIÇÕES E PRECONCEITO CONTRA OS DESCENDENTES ALEMÃES



 PERSEGUIÇÕES E PRECONCEITO CONTRA OS DESCENDENTES ALEMÃES

O Exército brasileiro começa com a  queda do Imperador D. Pedro II e, percorre toda a República Velha e vai até a instauração da ditadura do Estado Novo, em 1937. Esse período, no qual o Exército se estabeleceu como a única instituição nacional. porém tem muito pouco  historiografia do assunto; sobre a formação do Exercito Brasileiro e os Soldados durante o ano de 1930 até o ano de 1938.
  Deixo aqui um agradecimento:
   Talvez não existam palavras suficientes e significativas em agradecer aos grandes servidores da Pátria como os Soldados do Brasil. Que com grande honra defenderam e defendem sua  Terra Natal.  Se todos os Brasileiro descem  o  merecido valor e valorizassem sua Mãe Pátria  o Brasil seria um País bem  melhor para todos. Homenagem aos Soldados de hoje mas principalmente ao meu pai e tios que foram defender  sua Pátria enquanto seus pais eram humilhados, desrespeitados,descriminados e perseguidos.



Soldado Hellmuth do ano de 1937


        
         O GOVERNO DE SANTA CATARINA E SUAS PERSEGUIÇÕES

        Nereu Ramos se se elegeu deputado Constituinte Nacional em maio de 1933. Em outubro do ano de 1934 foi reeleito deputado federal.  No ano de 1935 foi eleito governador de Santa Catarina, tornou-se interventor com a instauração do Estado Novo em 10 de novembro de 1937.
 Então na nova Constituição então outorgada por Vargas facilitou o desenvolvimento de uma campanha de nacionalização do ensino em Santa Catarina, apoiada por Nereu e dirigida pelo general José Meira de Vasconcelos, comandante da 5ª Região Militar, visando a substituição das numerosas escolas alemãs por escolas públicas brasileiras, especialmente nos 20 municípios situados nos vales dos rios Itajaí e Cachoeira. Nessa região, a língua portuguesa praticamente  não era falada por falta de professores de português . O Presidente da Republica tanto como o Governo do Estado de Santa Catarina não se preocupavam em colocar um professor nessas regiões por achar que na roça não precisa saber escrever, ler ou fazer cálculos. Isto era sistema governamental da época, que atualmente a pratica persiste. 
     Mas, como os imigrantes e descendentes davam muito valor ao conhecimento básico dos filhos. Como todos bons pais se preocupam com seus filhos, então contratavam professores para ensinar seus filhos, normalmente quem falava o  alemão para conseguir se comunicar com as crianças e com os sitiantes. Então e as crianças, até então, estudavam em alemão por falta de professor bilíngue.
 Nereu Ramos Governo de Santa Catarina  da época d a Segunda Guerra Mundial, usava todas as medidas de forma rude, extremista para proibir o idioma alemão. De dia e de noite perseguia os que utilizavam idioma não português. Foi uma exigência fora do comum queres que de noite para o dia que todos falassem o português. Os imigrantes e seus descendentes se sentiram que estavam sem pátria, de tantos anos trabalhando na Nova Terra de repente sendo perseguidos, descriminados e massacrados, alguns enfrentaram a discriminação e muitos se escondiam na mata quando vinha pessoas estranhas perto da sua residência.
Obviamente que  encontrou forte oposição a seu governo ele foi um grande  inimigo dos imigrantes e dos seus descendentes em virtude de cinco decretos que assinou entre janeiro de 1938 e fevereiro de 1939, instituindo novas normas relativas ao ensino primário e à nacionalização do sistema escolar. 
O seu pai realizou a primeira reforma do ensino em Santa Catarina. Nereu Ramos fez a segunda, desenvolvendo intensa crueldade, e maldade tanto nas Cidade  com na área Rural. As atividade na área da educação pública durante sua interventora foi de medrontar qualquer criança.
 Entre as medidas, criou a Inspetoria Geral das Escolas Particulares e Nacionalização do Ensino, instituiu a obrigatoriedade da educação primária para as crianças de oito a 14 anos e proibiu que sedes municipais, novos núcleos de população e estabelecimentos escolares sustentados total ou parcialmente pelo Estado ou pelos municípios recebessem nomes estrangeiros. Durante seu governo do Estado ele proíbe a recepção radiofônica de notícias de guerra. Como também o simplesmente de ouvir musica alemã através do gramofone. As punição eram muito severas, quem desrespeitassem as restrições com castigos severos e prisões.
 A colônia alemã de Santa Catarina também sofreram com o fechamento das sociedades e igrejas.  A população reagiu com antipatia ao fechamento das sociedades de atiradores das clubes onde os imigrantes se reuniam para praticar o tiro ao alvo e cultivar suas tradições folclóricas. Foram  vários distritos de Blumenau Como: Rio do Sul, Indaial, Ibirama, Rodeio, Timbó e Gaspar entre outros municípios, à condição de municípios.
     Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial em setembro de 1939, o general Meira Vasconcelos, apoiado por Nereu, concentrou suas atividades na desarticulação das redes de espionagem que trabalhavam para o Eixo no estado, pois o  Senhor Getúlio Vargas ele mesmo tinha simpatia e amizade com Adolf Hither e o Alto comando de Blumenau era exercido pelos Generais Alemães, dê repente todos são inimigo .
 Em 1942, quando o rumo da guerra começou a ser revertido em favor dos Aliados, o governo brasileiro abandonou sua posição de neutralidade e declarou guerra aos países do Eixo. Pouco depois, tentando se antecipar às pressões em favor da redemocratização do país, Getúlio Vargas anunciou que, ao final do conflito, o Estado Novo seria transformado. Visando preparar as condições políticas dessa transição, em fins de 1944.


QUARTEL DO EXERCITO DE BLUMENAU
Foto de Hellmuth Bäringer pai da autora

    Durante muito tempo ouvia as  histórias sobre o sofrimento das pessoas de descendência imigrantes que sofreu muito durante a dos ano de 1937 até 1945, por este motivo fui tomando pela curiosidade, e reforçava cada dia ainda mais meus questionamentos, principalmente no que se trata sobre as famílias de descendência alemã de Santa Catarina. Todos os comentários sobre a Guerra, entre as famílias, fascinaram-me e colaboraram muito a elaborar  esta pesquisa.
Aos familiares que tiveram um ente querido  incorporaram na Força Expedicionária Brasileira (FEB),sofreram dobrado e dirijo meu trabalho dentro da temática da Nova História, abrindo margens para novas discussões e questionamentos, formulando, assim, novas interpretações para  entender bem a memórias dos familiares e pessoas envolvidas nas perseguições e descriminação, durante a Segunda Guerra Mundial, e o que levou o governo Getúlio Vargas a perseguir pessoas inocentes colocando em péssimas condições varias pessoas e desestruturado varias famílias. Desta maneira, minha pesquisa parte do pressuposto que a memória porta a marca da experiência, por maiores mediações que tenha sofrido, portanto ela é sem dúvida, uma importante fonte de informação.






Alto  Comando do Exército de Blumenau esta o General Alemão Günther Niedenführ é o general imigrante. Esta foto é do ano de 1937 numa comemoração de boas vindas.
foto da autora




O presente trabalho tem como problemática identificar as motivações que levou o Presidente e o governos  Estadual de Santa Catarina considerar todo os imigrantes e descendentes inimigo do Brasil. E, para levantar as respostas é preciso conhecê-los, saber suas origens, seu cotidiano para  começar meu trabalho. Sera colhido principalmente depoimento pessoais e registros no jornais e revistas no Brasil durante a Segunda Grande Guerra.


O soldado que esta circulado é pai´da autora
Hellmuth Behringer




     Durante o Estado Novo de Getúlio Vargas do ano de 1937 até  o ano de  1945,  Presidente Getúlio Vargas a instalou no Brasil o regime ditatorial comandado por durante o período da Segunda Guerra Mundial. Com relação à Segunda Guerra Mundial, a situação do Brasil se mostrava completamente indefinida. Ao mesmo tempo em que Vargas contraía empréstimos com os Estados Unidos, comandava um governo próximo aos ditames experimentados pelo totalitarismo nazi-fascista. Dessa maneira, as autoridades norte-americanas viam com preocupação a possibilidade de o Brasil apoiar os nazistas cedendo pontos estratégicos que poderiam, por exemplo, garantir a vitória do Eixo no continente africano.

Bem ao centro da primeira linha em pé com objetos na mão é Hellmuth B.soldado dando baixa no ano de 1937.


Em 1936 neste período o Exército Brasileiro inicia sua preparação para a defesa do litoral brasileiro e também receio de uma grande  Guerra Mundial. se houvesse uma guerra exigia a adaptação de todas as atividades da nação às suas necessidades.
 As adaptações deviam, entretanto, operacionalizar-se de acordo com um plano estabelecido exercito disciplinado,eficaz e agiu. Nestas operações tenha o alto comando exercido pelo generais vindo da Alemanha. eles exigindo o máximo de disciplina evitando assim, perda de tempo e desperdício de material. De acordo com as adaptações sofridas pelo Exército, o enfoque com relação à Educação Física mudando a ênfase na reparação do soldado para um combate.   
Na segunda fila  da direita para esquerda e o Hellmuth Bäringer do exercito de 1937.


    Mas com a mudança de ideias de Getúlio Vargas que  declarou guerra contra os italianos e alemães em agosto de 1942. Politicamente, o país buscava ampliar seu prestígio junto ao EUA e reforçar sua aliança política com os militares. No ano de 1943, foi organizada a Força Expedicionária Brasileira (FEB), destacamento militar que lutava na Segunda Guerra Mundial. Quase  não se tem livros de História do Brasil que se preze que relata os fatos realmente como ocorreu com os imigrantes alemães e seus descendentes aqui no Brasil durante a segunda Guerra Mundial. Onde houve forte censura e perseguição. Inclusive, tal "perseguição" foi o fator que afetou a vida dos imigrantes alemães até nos dias atuais, devido à característica nacionalista do governo Vargas.
Assim começou as perseguições e descriminação contra os descendente de qualquer que não falasse o português.






     Em 1938, o ensino de alemão foi completamente proibido. Nas escolas da zona rural eram obrigadas a lecionar o português, com a proibição. Em 1942, medidas ( mais ) restritivas, como a proibição do uso de idioma estrangeiro em locais públicos e a proibição de reuniões, mesmo em casas particulares, provocavam situações constrangedoras:  bastava uma denúncia, vinda inclusive de vizinhos ou inimigos pessoais, para levantar a voz de prisão contra estrangeiros inocentes. Até mesmo uma oração ou uma conversa formal, na época, eram consideradas atos criminosos.
       Esta pesquisa foi elaborada no Estado de Santa Catarina nos municípios de Ibirama Presidente Getúlio, Indaial, Ibirama, Pomerode, Gaspar, Brusque, Blumenau, Gurupá, Joinville, Rio do Sul, Águas Mornas e entre outros municípios de Santa Catarina. 
       A entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial deu início a uma onda de violência contra imigrantes germânicos por todo o país. Após ataques a 6 navios na costa brasileira em 18 de agosto de 1942, a população saiu às ruas e destruiu estabelecimentos que tinham alguma ligação com os países considerados inimigos, como a Alemanha. No Brasil inteiro, casas, lojas e igrejas foram os principais alvos da revolta. 
Depoimentos de pessoas da primeira e segunda geração de descendentes de imigrantes Alemães que aqui aportaram vários imigrantes desde o ano de 1824 até 1919, vindos da Alemanha e países aos redores.


Guilherme Krüger; ele terceira geração de imigrantes alemães, seus pais perseguidos enquanto ele lutava para defender sua Pátria Brasil.

        Os relatórios recolhidos nesta pesquisa foi surpreendentes as experiência das tragédias sofrida e  agressões as   identidade étnica  foram submetidas a descriminação e humilhações durante o período da ditadura de Getúlio Vargas entre os anos de 1937 à 1945 e a Europa estava em guerra mundial no mesmo período da ditadura getulista. 
           Durante o Estado Novo, todos os imigrantes alemães e de seus descendentes que viviam em colônias isoladas no Sul do Brasil, viviam em demasiadamente aflitos pela brutalidade  dos interventores da época. O agricultores eram pessoas   humildes  muitos não tinha noticias sobre o que ocorria nos países   em guerra. E não  mantinham qualquer relação com a Alemanha nazista.
      Os descendentes dos imigrantes estavam enraizados em um núcleo de valores estáveis, que a língua tinha a missão de conservar e transmitir, tendo, desenvolvido, desde o início, suas próprias escolas, auxiliado pelo governo do país de origem, em articulação com a organização social que a Igreja Luterana promovia. Isolados nas montanhas.
          A perseguição a estes colonos por motivos de uso do idioma alemão ou dialeto alemão, representou acima de tudo violência: Mortificação do eu, dor, humilhação, desprezo, incompreensão e injustiça, e acima de tudo, a introjeção do medo e da vergonha de se falar a língua de suas origens étnicas.
Os Interesses ligados à política estadual no sistema integralista foram os elementos determinantes na forma como os descendentes dos imigrantes alemães foram atingidos em sua identidade étnica. Estereotipados como inimigos da Pátria eram denominados de nazistas.Foram humilhados, presos, extorquidos monetariamente e castigados com torturas, a pretexto de terem, às vezes, pronunciado uma só palavra em língua estrangeira.
       A existência de delatores, recrutados, às vezes, entre os da própria etnia, mostra bem a que ponto a violência se transformou em um movimento de todos contra todos, justificados pela política em vigor. Não se respeitava nem o espaço privado. Era governador de Santa Catarina Nereu Ramos, em cujo governo, a proibição de expressar a identidade alemã foi reforçada, por uma aparelho policial extremamente feroz. 
      Ao longo de mais de 150 anos entraram no Brasil mais de 260 mil imigrantes.O conceito de Deutschbrazilianertum, portanto, continha uma proposta de pluralismo étnico-cultural pela qual cada grupo nacional devia ter o direito de perpetuar seus costumes, seus valores morais e sua língua materna. Proposta que entrava em choque com a concepção brasileira de estado nacional, fundamentada no direito de solo e na assimilação. Por outro lado, as expressões de preconceito racial, mais evidentes na argumentação sobre a endogamia, serviram de base para recusar a assimilação e alimentaram bastante às especulações brasileiras sobre o “perigo alemão”. Especulações surgidas não só porque as regiões de colonização alemã se tornaram visíveis para a sociedade mais ampla, como também porque o preconceito racial e a consequente desqualificação de grande parte da população brasileira foram acirrados com a entrada em cena dos pangermanistas.
       Os descendentes dos imigrantes alemães que residiam no município citados não podiam falar o seu idioma que conheciam, caso falacem, eram presos e muitos deles sofriam agressões físicas severas, para ser mais especifico torturados.
      Os colonos imigrantes e também seu descendentes da imigração alemã  trabalham  vezes em exaustão para dar o alimento para seu filhos para dar o mínimo de conforto  e não esperavam que o governo os sustentasse durante muitos anos e esquecidos no meio da mata só lembrara da existência dos mesmo  para conseguir convocar os filhos  para servir o exercito. e os pais  e avós que continuaram nos seu trabalhos  eram perseguidos na chamada   de quinta coluna, pelo fato de não terem se integrado não costume nacional brasileiro e também do conhecimento e uso da língua oficial.




  DESCENDENTES DOS MIGRANTES ALEMÃES PERSEGUIDOS  DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL NO BRASIL.


        As violências físicas foram diversas, entre elas a prisão e os trabalhos forçados por longos períodos.  Nos casos as pessoas que sofreram torturas físicas com ser amaradas numa arvore e serem chicotadas elas sentiam frustradas e com muita vergonha em falar sobre esta fato, outras pessoas além de serem amaradas e chicoteadas faziam a pessoa enjeri óleo resino.  A razão deter poucas informações é por que muitos estão com vergonha de falar sobre o assunto e medo e outras vítimas já faleceram, ou os envolvidos não desejam falar sobre o assunto. O que se percebeu que  o pânico é  geral, e a maioria fala do pavor vivido, ainda com muita emoção, muitas das pessoas na época muito pequenas e com as lembranças vem vivas.
     Durante os trabalhos forçados, trabalhando com picareta, as pessoas, sentiam-se violentadas, trabalhavam de sol a sol, não recebiam comida e passavam muita sede. Tinham que levar seus próprios meios de trabalho, como carroças, carinhos de mão, pás e enxadas para efetuar obras públicas. Muitos trabalharam meses neste castigo. Quem trazia comida eram os amigos ou família.

   Segundo o Emilio Splita aos seus 78 ao de idade falou: Os que eram presos, eram obrigados a trabalhar muito e não podiam falar nada só em português. E o trabalho era pesado; fazer estradas, cavar buracos, demolir morros. A comida a família ou algum amigo que levava e não podia ser com carne e bem pouca. De manhã tinha que levantar as quatro horas para trabalhar até as dezenove horas da noite. Depois a noite tinha que dormir na cadeia.


        Paulina Da Silva, aos seus 88 anos relata: Eu sou filha de descendente de alemão mas me casei com um português. O José fala o alemão por isto foi eu aprendiu falar fácil, para mim aprender o brasileiro. Nois era tudo diferentes, mais todos dizia que era alemão, um era alemão preto, outro era alemão placo, outro é alemão russo,e tem alemão italiano; era bonito de ver nossa festa, todos princando mas quando veio a segunda guerra tudo foi proibido, muita gente foi preso, outros eram castigada com óleo rícino; ´tinha que tomar uma garrafa inteira desse óleo que faz mal. E até quem não queria tomar era amarrada numa arvore e por muitos dias e dava varias vezes o óleo na garganta abaixo. Todo mundo ficou com medo. Quando vina gente para cá todos se escondiam num buraco debaixo da cama, tinha um buraco no soalho, sabe né. Ainda tô com medo. quando vem gente que não conheço. Muito medo.

Willy  de 82 anos diz: Sou neto de imigrante que resido aqui nesta região desde criança. Esta região tem de todas as raças de gente, gosto de música e toco meu bandonhão desde novo para todos dançar domingueira e bailes. Gosto de ouvir meu rádio, e também de dançar. Quando tinha esta maldita guerra lá na Alemanha; todos ficamos sem ter festa, baile e domingueira. Não podíamos falar com ninguém, aqui todos só fala o alemão até agora. Quando um dia de tarde, eu estava escutando musica e aprendendo uma nova musica para tocar. Quando um desses que gosta  espionar e daí eu fui preso e daí você pode pensar o que aconteceu, não gosto de lembrar. Fico triste até agora, tenho medo agora quando vejo pessoa estranha.    


Hellmuth Bäringer 88 anos conta: No casamento da minha irmã  Frieda  foi muito humilhante além de ser um dia triste. Devia ser feliz, mas foi triste. O inicio tudo foi bom enfeitamos a casa com folhas de palmeira e daí fomo para a cidade para oficializar o matrimonio. Voltamos todos felizes e cantando e soltando foguetes com de costume. Tinha sempre algumas pessoas nos acompanhando, não demos  importância e continuou com a nossa festa e de noite começamos a dançar, quando de repente policiais entraram na  casa e o levaram o preso algumas pessoas convidadas. Os policiais amararam as mãos e os  pé das pessoas e chegaram em cima da carroça. Em para terminar de estragar a festa do casamento veio a noticia de que  o irmão de minha esposa tinha morrido na guerra. Foi um policia estavam de cavalo, ele que disse que o Guilherme tinha morrido. Foi muito triste tudo e todos ficaram com medo. No outro dia a gente descobriu que as pessoas foram presas e daí eles tinham que pagar a divida de ficar preso e tinha que pagar trabalhar de graça. Muito triste isto, muito triste.

 Senhor Andreas de 90 anos Diz: Foi amarrado e obrigado a caminhar pela estrada por quilômetros e me obrigaram a tomar óleo risinho e amaram no meu tornozelo uma corda por cima da calça, quando eu iria evacuar as fezes ficasse grudado nas pernas para fazer assaduras, e o que aconteceu. Eu fiquei dias assim e fiquei muito doente. Para eu aprender falar o português. E na minha casa, os policiais levaram o rádio, livros e revistas escritas de alemão. Sempre tenho muito medo de policia.

Sophina de 74 anos conta: Eu me lembro quando eu era criança. Minha mãe sempre falava bem baixinho e dizia fique quieto, não chore  e não fala nada.  Lembro bem quando a perseguição começou, instalou-se uma revolta por toda a parte. Antes não tinha nada era tudo bom, dê repente, nós éramos os ruim ninguém  podia mais falar. Não era aceito  no país falar o alemão e de uma hora para outra. Me lembro que eu vivia chorando quietinha com muito medo.
Bruno de 80 anos diz: Todos que falavam o alemão aqui  eram silenciados, sem poder se comunicar ou fazer suas compras se um dia precisava fazer; Só podia ir fazer compras se saber falar o português. Neste tempo, durante a guerra era muito difícil. Era muito ruim, só repressão todos estavam com muito medo. Todos os municípios daqui de Santa Catarina eu acho.

 Senhora Rita 78 faz seu comentário: Sei que eu nem deveria falar nada de medo de represálias. Mas digo: Os agricultores desenvolveram nesta mata fechada, cheio de morros altos e muita pedras uma agricultura para ajudar neste  progresso do Brasil. O seu desenvolvimento foi muito forte com o trabalho sério e dedicação. Os filhos e netos dos imigrantes alemães realizavam na lavoura o que nenhum bom português imaginaria. Sem poder de comunicação e voz ativa, os imigrantes deixavam de vender por medo e o município passou a ter uma regressão no seu desenvolvimento. Não sou alemã somente descendente mas fiquei com muito medo na época isto fiquei isto que eu sei o português.

Antigo Pastor da religião Luterana de Ibirama fez este depoimento; não quis deixar registrado seu nome por causa do receio  da opinião publica.   Segundo ele:  No   início da II Guerra Mundial, quando eu já era pastor, o uso da língua alemã foi totalmente proibido.  Quando o Brasil declarou guerra à Alemanha, em 1942, fui levado para um campo de concentração.Com senhores já idosos e  com todos os homens de nacionalidade alemã e italiana até mesmo polonesa.  Mas, depois um tempo, um grupo após o outro foi mandado para casa.  Alguns passaram um período maior no campo, outros permaneceram menos tempo e outros desapareceram.simplesmente por que não sabia o que era Quinta Coluna.  Eu tive que ficar lá por dois meses.  A libertação foi concedida, mas não podíamos exercer atividades pastorais.  Aproveitei estas férias forçadas para estudar,  com muito zelo, a língua portuguesa e aprendi bastante mais não o suficiente.


Segundo a história oral da Senhora Catherine, filha de imigrante alemão,  ela diz: Nós vivíamos muito bem entre os pretos, estes que trabalha  que foge, que não quer trabalha de esclav, que veio lá da África, né! Com italiano, ucraniano, poloneses, e também com japoneses, conheci Japonês. Cada qual falava sua língua de origem e mostravam o que queria dizer, quando percebia que a pessoas não compreendia, acabava todos se entendo  e todos viviam bem. Iniciou e chegou a guerra para colocar desconfiança, medo e ódio  nos corações de todos. Para que guerra? Para que leis tão severas? Para amedrontar as pessoas de bom coração. Tenho certeza que antes da guerra vivíamos em harmonia e muito felizes, uma mescla de cores nas pessoas, na maneira de se vestir de falar. Até hoje tenho medo.





































Fontes Bibliograficas
Retratos e fotos digitalizados por helmtraut behringer
Bilder freundlicherweise von den Eltern der Vormund vorgestellt
As diversas fontes foram colhidas durante os estudos desde o ano de 1980 até no ano de 2004. Durante os cursos realizados pela autora do Blogger. Registros em foros gravações e escritos.
1-Instituto Brasileiro de Museus –IBRM http:/www.museus.gov.br
2- Museu Nacional de Imigração e Colonização. Joinville – SC.mnic@joinvillecultural.sc.gov.br
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2014/07/descendentes-de-alemaes-lembram-perseguicao-no-rs-na-2-guerra.html
3-Portal Prefeitura do Município de Blumenau

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