quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

AS MEMORIAS E AS RECORDAÇÕES DA INFÂNCIA NO CAMPO


                         A INFÂNCIA NO SITIO DO MEU PAI

Esta pesquisa esta sendo realizada através do depoimento e relatos de varias pessoas  e também algumas informações e lembranças pessoais sobre a infância da autora. As considerações  serão voltadas para as  questões históricas e sociológicas.
Procura-se resgatar a vida pessoal principalmente da infância. Nesta viagem ao passado e na memoria que leva ao passado, conta-se um pouco das lembranças da vida com a família. A partir dos meus dois anos de idade.


 As lembranças do calmo campo e dos enormes morros da colônia de Rio Rafael II, e do sitio do  pai e também  da linda pequenina Cidade de Ibirama. No interior do  Estado de Santa Catarina.


Num lugar maravilhoso e lindo neste planeta terra eu nasci, cresci  e fui feliz.






Numa terra de pedregulhos e arenosa com  morros  altíssimos e muitas pedras, pedra gigantescas e rochas que eu e meus irmão meus pai, Hellmuth e mamãe Wanda  morávamos e sobrevivíamos com muita dificuldades. Fui uma menina tímida nascida no interior.  Sou trisaneta de Theodor Berhinger. Fecho os meus olhos e me remeto a um passado encantado, ao mesmo tempo dolorido.



Recordações desde a minha infância
 No momento  longínquas recordações da minha vida e da minha família voltaram a florir. Esta constituída por meu avô materno  Albert Krüger  que tenho muito poucas lembranças mas bem vivas e muito boas e da minha avó materna Catherine;  que tenho algumas lembranças mais longas e bem nítidas parecendo que foi tudo que aconteceu à  poucos anos  atrás. E o meu pai Hellmuth  foi um homem carinhoso mais sem muito se expor  a emoções  e  a  minha  mãe Wanda  que sempre era bastante explosiva e alegre. Tia Frieda Elisa, irmã do meu pai observando de longe tudo que acontecia e mostrando-se muito amiga com todos nos os sobrinhos; a minha irmã  Anida parecia ser a segunda mãe minha com bastante responsabilidades com os irmão menores, ela é quatorze anos mais velha do que eu,  o meu irmão Inffoí com dez anos mais de idade, ele era meu herói, fazia tudo  que eu queria, promovia as minhas fantasias, me ajudava nas minhas dificuldades para subir numa arvore, nas brincadeiras que eu não conseguia efetuar em tempos determinados, isto é quando ele tinha tempo não tinha que trabalhar junto na roça com meus pais. Rita com nove anos mais velha, ela sempre aparecia como provedora de alegrias como um anjo, Adronold com seis anos mais velho que eu foi muito doente desde criança mas nem por isto tinha privilégios era demasiadamente tímido, recalcado e deprimindo, e  o Helibert com três anos mais velho que eu foi um menino muito debochado peralta, traquina sem medo de ofender ou de transgredir regras existente dentro da família, sempre que aprontava nunca assumia a culpa era do Arnoldo  que era o mais velho ou minhas que era mais nova ; e o Welibert é cinco  ano mais novo que eu o (bubi); Um anjo que veio para a terra e poucos perceberam que ele era. 
 Lembro bem no dia em que a minha mãe foi-se preparar para receber a cegonha como diziam. Era a hora do parto.  Havia chegado a hora de ir ao hospital, pois a cegonha era muito velha e não tinha asas para voar muito longe para trazer o bebe.  A felicidade emanava das janelas para o mundo. Meu pai nervoso e ao mesmo tempo, contente, saiu correndo para buscar uma condução para levar a mãe para o hospital pois a mãezinha já não era mais tão jovem, pois necessitava de cuidados especiais.

Fiquei observando meus netos, que me deixou profundamente alegre.  Por que  eu consegui que eles tivessem um pouco do que eu vivi. Ver que hoje ainda é possível que as  crianças consegue  brincam  em coisa mais simples.
O pequeno Riacho do Sitio
Na minha infância, era uma época realmente mágica em que eu acreditava em Papai Noel o que tornava meu Natal ainda mais colorido, acreditava em conto de fadas, tinha amigos imaginários, brincava livre no rio, escalava as pedras mais altas e subia nas arvores até no ultimo galho, nadávamos no rio, brincávamos num riacho, banhado-se nas cachoeira, mergulhávamos nas águas mais profunda,  e ao voltar para a superfície dávamos risada estridentes. 



Uma cidade pequena do interior, para uma criança tudo é folia, até mesmo enfrentar o calor forte no verão escaldante. Mas quando chega o inverno, a paisagem muda, tudo fica verde, os tanques de água cheios peixes. É lindo ver a roça crescendo, verdinha,um arrozal,os pés de milho, de aipim,de inhame,de batatinha, de batatas doces, de feijão, de abóbora entre verduras e legumes variadas. 




Arroz
Inhame
No tempo da colheira de arroz todos tinha que ajuda, mesmo estes pequeninos de 4 anos. Já entrei muito na roça para colher milho, arroz, amendoim, batatas, feijão, inhame; tomar banho de tanque, subir nas árvores, andar de charrete, colher milho e feijão na roça, beber leite tirado na hora da teta da vaca, comer  milho cozido,  doce de leite, feito no fogão à lenha, ajudar a minha mãe a fazer requeijão, conservas de frutas e de legumes.O milho verde assado ou cozido é uma delícia.
aipim
Batata  Doce









Quando eu era criança, eu e  meus irmãos  acordava muito cedo todos os dias, para alimentar os animais, e todos da casa tinham que sentar na mesa para tomar café às 6:30 h da manha já com todos animais alimentados. A regra era: Se não tiver  alimentado os animais ." Não era merecedor de se alimentar".No início da noite, na hora do jantar, todos tinham sentar-se em silencio na mesa  acompanhado com oração da minha mãe as 19: horas; todos em silencio.



Naquela época, a casa do sitio não tinha energia. Naquela colonia todos  viviam  com lampião.   Dormia-se muito sedo.e levantava-se muito cedo. O fogão era à lenha,  Os rádios quem tinha funcionava à bateria.
 Eu adorava rapadura, comer e puxa- puxa que a mamãe fazia com o melado da cana de açúcar.Mudava de doces quando meu avo Albert vinha para o Rafael Alto.
 Me recordo do meu avô Albert pai da minha mãe vindo do Rio Rafael baixo da casa dele tinha que passar na frente da casa do meu pai para ir até a casa do senhor Schajrt. O Opa  Krüger como nós o chamávamos trazia sempre um pacotão de balas para nós ( para mim e meus irmão).
Ele   vinha com uma carroça enorme puxado com quarto cavalos enormes  dois deles tinha sapato.Bom para mim na época era sapatos. Assim eu imaginava. Pois os cavalos eram  enormes, bem negros e com pelos  compridos nos patas. Adorava e os outro dois cavalos eram de pelos lisos e uma franja no pescoço  e também grandes. Quando o meu opa  fazia parar os cavalos ficava em pé e soltava um tipo de um berro como Hoouuuuuu; tão alto que eu me estremecia…    Me lembro bem quando ele parava em frente da casa, e daí dizia: Nena erga o vestido para colocar as balas.  Na minha época  ou na localidade onde eu me criei as meninas  usavam vestidos bem longos e rodados e com uma anágua também longa por baixo e não tão rodada. Ao levantar o vestidinho fazia tipo de um cestinho e dava para carregas objetos como: balas ou   outras guloseimas
 Meu Opa adorava crianças.  Ele enchia um sexto de balas e doces e colocava na carroça quando ele subia para o Rafael II e para em frente da casa  da minha mãe toda vez quando vinha para o Rafael II, a acriançada focava todos avoroçados com a vinda do opa grandão e bondoso. Meu avô paterno,  Albert Krüger, é um dos maiores orgulhos da minha vida;me lembro dele vagamente mas som uma recordação saudosa mais bela. 
 Segundo minha mãe eu era muito apegada com ele; mas,era impossível que eu pudesse lembrar dele, pois, eu tinha um pouco mais de dois anos quando ele morreu. Mas eu me lembro.Me lembro dos cavalos e de um homem grande e muito bom. Não me lembro do rosto. Ele era um homem alto loiro de olhos azuis e brincava comigo de balança,  ele sentava num banco e colocava eu sentada no pé dele e ele me balançava.  Me lembro também que ele me colocava sentado na nuca dele e fazia de conta que era um cavalo.  Me lembro também,  muito vago, minha mãe chorando que o pai dela tinha morrido.  Opa era o pai  da minha mãe.  Eu me lembro de pedir para minha mãe chamar  o Opa para trazer balas. Segundo a  mãe chorava pedindo por ele.


  Além disto tudo na escola, as aulas de educação física era de pular corda, esconde- esconde, de bate Masterson entre outras brincadeiras.
Quando meu pai e mamãe ia ao baile e levava meus irmão e eu junto, era uma grande   alegria. era fascinante o arsenal do salão. Aquele mundo de adultos ao meu ver de olhos infantis era bom demais; muito bonitos, todos elegantes bem vestidos. 
A minha ilusão que a vida era muito bela para ser desperdiçada sem fazer nada. Eu vim de uma família muito pobre. E eu lutei muito para não continuar na mesmice e para realmente ter uma vida adulta maravilhosa.  



Lembro do café da tarde nos domingos na casa da tia Frieda, onde morava a mãe do pai. O café da tarde acompanhava o dolo de laranja, de chocolate, o bolo de fubá, vários tipos de kuke. O aroma de bolos frescos e kuke é impossuível de descrever.


















No natal as bolachas enfeitadas que dava outra emoção  uma alegria radiante ao ver os preparos das bolachas e dos bolos saindo do forno de tijolos ao lado da casa de lavagem. o cheiro de pão de trigo que era lindo de ver, mal dava para esperar para cortar uma fatia e devorá-la. Para completar o  assado do dos patos  ou marrecos tamabé assava perus, ou galinhas todas as aves assada eram recheadas. O recheio é uma delicia. Ao sair do forno com um cheirinho delicioso era difícil de resistir, sempre as crianças acabavam  pedindo um pedacinho da asa ou das costas para se deliciar . 









Nos dia de chuva mamãe e vovó fazendo os remendos e os ajustes nas roupas, e enquanto faziam os afazeres contavam suas historia infantis e lendas.  Muitas das vezes começavam as cantorias em alemão, principalmente a mamãe que adorava cantar sua cantiga que aprendeu com sua mãe. Toda canção em alemão tem um significado especial na minha vida, são lembranças muito gostosas, meu coração acelera ao ouvir canções quando escuto, esta que mamãe cantava e acalenta minha alma.
Meu Pai e minha mãe nasceram na mesma Cidadezinha onde esta localizada o sito. Os dois cresceram jundos nesta Colonia, estudavam juntos e fizeram os estudos bíblicos juntos e a confirmação bíblico.
Em minha vida tive a presença de três pessoa muito importantes: minha mãe, minha vó paterna e a minha irmã mais velha. Minha mãe uma  pessoa muito conservadora autoritária, rude e ao mesmo tempo muito dedicada à família e aos seus afazeres da casa, ela simplesmente vivia em pena sintonia ao seu tempo. Enquanto minha vó  Catherine, era uma pessoa completamente diferente, adiante do seu tempo, não era radicalmente conservadora, gostava de tradição , cultivar as boas maneira, mais era diferente , ela era muito inteligente. Sempre compreendia os jovens, era uma boa conselheira, sabia orientar e transmitir ideias sem transgredir a opinião de cada qual; era uma pessoa decidida, de opinião mais sem confrontos, era auto suficiente, confiável e amiga. Ela era uma mulher com a personagem impecável, adiante de sua época, na forma de pensar , de agir e ao mesmo tempo de se vestir.
Minha irmã Annida quando moça muito linda, sempre os vestidos dela eram bem rodados e engomados,  com perfeição eram seus modelos e vestia-se com glamour.Com minha pouca idade  eu queria ser ela. Ela é simplesmente 14 anos mais do que eu. Imagine o que eu fazia para emita-la? 
Com uma diferença, enorme de comportamentos as três mulheres mais importantes  da minha vida me deram a base da minha formação e na personalidade que eu tenho agora.
Lembranças dos  tempos muito distantes,das pessoas especiais, dos lugares inesquecíveis,dos cheiros do campo, das flores silvestre, dos prazeres e recordações de um tempo mágico, dos sonhos de criança,  da vida no interior numa simplicidade e  liberdade, no banho no rio, nas brincadeira no quintal,no colher das frutas, gosto da laranja, da tangerina, do abacaxi,do caqui, da uva, da carambola, do mamão, do abacate;o cheiro gostoso dos bolinhos da vovô, e o meu despertar dos dias mágicos, da esperança de uma vida infinita,do uniforme  azul da minha escola , do passeios nos domingos,do brincar, cantar, nadar,ouvir histórias do lobo mau  e do fantasma da tataravo Ah! eu lembro da minha  Oma.Como era bom vê-la cantar,também lembro das cantigas da mãe em alemão,estas embalavam o meu sono,nas minhas lembranças surgem intermináveis recordações,todas elas repletas de aventura  e emoção.


               AS SAPEQUICE  DE INFÂNCIA 
Enquanto a mãe me repreendia, a minha vó me acolhia.  Nas minhas memórias de infância salienta-se não um acontecimento, mas sim uma pessoa.
Os avós realmente conseguem ser marcantes na vida de uma criança. A minha infância antes dos meus sete anos eram simplesmente fantásticas e foram  muito divertidas.

Se há um anjo na terra, era minha vó Catherina. Ela era uma pessoa muito bondosa, muito serena, ao mesmo tempo sorria muito pouco, sua sabedoria era adiante do seu tempo. A sua energias positiva incandescia ao seu redor. A minha vó ficou viuvá muito jovem com dois filhos meu pai e tia Frieda. Ela era uma lutadora.
Uma comemoração solene que me incomoda desde eu pequenina que nunca me agradava é o velório.Lembro-me um dia; perguntei a  minha mãe; Por que as pessoas que amamos morrem? Ela  com poucas palavras explicou. As pessoas morrem poque chegou a hora e pronto, algumas pessoas demoram e ficam velhas e alguma s morrem novos e só. Muitas vezes dou por mim, e as lembranças voltam. Chego ao mesmo tempo ao questionamento... Como conseguimos vencer os sofrimentos de perdas de pessoas tão queridas.
Minha vó já foi viajar, já faz muito tempo. Pensar que; que até meu pai, minha  mãe já foram morar no céu, não consigo acreditar.Mas, prefiro pensar que estão no Céu. Muitas vezes me pergunto: Sera que vou aguentar mais perdas? Já perdi tantas pessoas maravilhosas, lindas, e muito boas,não gostaria de perder mais ninguém. Mas, é o ciclo da vida. Eu acredito que  morte vai ser sempre na minha vida um assunto que não vou conseguir trabalhar bem e entende bem. Mas enfim...
O mais importante é que são os privilégios e a benção de ter conhecido é ter  tido muitas pessoas maravilhosas em minha vida até hoje.

O  que vale mais e ter bênção de ser neta de alguém assim como a Oma Catharina e ser a filha de Hellmuth… Como tal, fica aqui minha homenagem e meu agradecimento a ela e a ele, que é minha segunda mãe e uma pessoa maravilhosa na minha vida.E meu pai meu herói.
Vovó Catharina era uma mulher de estatura media de ombros estreitos e cintura fina e de quadril largo e o bumbum acentuado, ela era uma pessoa de personalidade rara e com uma uma paciências estimável,uma doçura de pessoa. 
Todos os dias, no final da  tarde, ela ficava remendando s roupas que se rasgou  durante os serviços rudes na roça. Nos dias de chuvosos a minha mãe e elas, as duas ficavam remendando, ou reformando roupas ou bordando lindas toalhas de mesa ou guardanapos, e também bordavam pano de parede com lindas frases; além destes trabalhos também passavam roupas. O ferro de passar roupas  era realmente é de ferro  e é oco no meio para colocar brasas de carvão para aquecer,e tem nas laterais aberturas para ventilar e da saída da fumaça e as cinzas e faíscas, normalmente após de um tempo  as brasas acabavam e tinha que tiras as cinzas e colocar outras brasas e para manter acesas tinha que assoprar ou balanças  de um lado para outro e assim caiam pequenas brasas no pé e muitas vezes queimava o pé ou as roupas que estava usando. 
Algumas vezes se reuniam na varanda nos dias de  chuva o papai e a mamãe e a vovó sentados, olhando as pessoas passarem em frente da casa, enquanto isto preparando  temperos e colocando verduras e legumes em conservas. Faziam licor e cerveja e refrigerante caseiro. Tudo com muito cuidado selo e muito carinho; dava muito trabalho.  
         Eu e meus irmãos e primos passava o tempo divertindo, tomando banho na chuva ou no  açude,pescando ou jogando pedra no rio, enfim fazendo o que uma criança que morava no sítio faz.
                 ÉPOCAS DE APRENDER DANÇAR

        Naquela época,meus pais não tinha radio; e era um artigo de  luxo quem tinha. Lembro  da prima do meu pai, Chamávamos ela de tia Cecília, a minha prima segunda a Isolda , a Olivia , Inúbia, Iolanda e a Iris íamos na casa dela para dançar nos domingos a tarde, que nos ensinava era a tia Cecília e a cunhada dela. Nós toda meninas muito pequenas. e assim noa aprendemos a dançar muito cedo.

Entretanto, lá pelos meus quase sete anos foi o fim dessa doce infância, aconteceu um fato que marcaria a fase mais difícil de minha vida. Sim, isto mesmo, a minha vida mudou completamente.

                          A GRANDE MUDANÇA

Veio o dia em que subitamente tive que encarar a ida para a casa da minha irmã, pois ela casou e estava grávida e eu precisava fazer companhia a  ela Assim chegou a separação eu dos meus pais. Isso para a minha mente infantil foi difícil, uma tremenda batalha e injustiça ao meu ver na época. Perdi meu irmão herói, meu anjo irmãozinho, meu  irmão dificultador de artimanhas e meu irmão  cúmplice. Foi assim que me parecia. Era difícil encontrar respostas para tantas indagações e muitas perdas. Aquilo me trouxe uma tristeza enorme eu não queria ficar nesta situação.
      Passei a morar com minha irmã, sem querer mais muito dever, quer dizer muita responsabilidade e pouca idade.  No meu  intimo estava sozinho abandonada, sem a presença dos meus pais, senti-me  na maioria do tempo sozinha no mundo numa casa cheia de pessoas. O pior este sentimento não consegui perder mesmo somando mais idade.
      Algumas vezes o meu pai vinha me visitar algumas vezes por ano  a minha irmã ia a casa dos meus pais, quando havia férias da escola, nos finais da semana passávamos no sitio. Mas, não tinha mais o encanto de antes, perdeu não sei aonde.Parecia que os meus pais eram as mesmas pessoas mais com tratamento diferente, com frieza,indiferentes, meus irmãos não tinha mais a companheirismos de antes. Comecei me sentindo um patinho feio, excluído dos demais. 
Mesmo com tudo que vinha me acontecendo ; foi uma manina aplicada na escola. muito cedo aprendi a ler em alemão. Comecei por causa do pastor da Igreja Luterana; fazia o possível e o impossível para que todos lesem bem a bíblia  que era escrito em alemão.
     
                                           CHEGOU O TEMPO DE SER ADULTO 

Quando estava com 14 anos,  foi trabalhar de empregada domestica. Trabalhando como empregada domestica na casa da senhora Engreida Abelteger, tive que levantar as cinco horas da manhã para que as seis horas da manhã café e as roupas brancas já estivessem estendidas no varal e as que precisava quarar no gramado para que as primeiros raios solar iniciassem a aquecer  a roupa. A mansão era muito  grande, é até hoje,tem três andares , toda a mansão a era de assoalho e tinha que ser encerrado com cera pastosa e depois passar um escovão, era feito tudo a muque nada de coisa ,como de  enceradeira. Como, algumas casa tinham na época do auge da tecnologia da enceradeira, televisor, esta modernidade que hoje é tão comum parece até  de que sempre existiu todo eletrodoméstico.  O almoço era colocado a mesa ao meio dia em ponto não podia atrasar.  Enquanto eu fazia o almoço o pai da dona Engreida ficava me perturbando, incomodado: Como hoje se tem conhecimento e existe leis para proteção. Mas, na década de 60 não tinha estas leis. eu vivia  sobre pressão moral, sexual e psicológico. Eu não tinha como contam com ajuda de ninguém. Cada vez que vinha a visita de pai de patroa eu já me dava calafrios e pedia para ir a casa dos meus pais. ré que um dia eu deixei soltar um pequena perola para a minha vó,  e ela comentou com meu pai , não sei o que. Nada aconteceu além de muito constrangimentos e mal estar e me sentindo humilhada.  Eu me sentia ridicularizada por ser  filha de um camponês pobre e muito humilde. Sem poder  falar com alguém para me defender, ainda bem que nunca chegou ao termino, pois eu sempre tive uma reação de buscar algo ou chamar alguém sem que desconfiassem de que o velho estava me perturbando.
 Ao passar um ano eu com quinze anos de idade chegamos o cumulo de que o velho barrigudo me perturbar  tanto que eu tive uma ideia de não fazer mais o serviço  com capricho para ser mandado embora, Dona Engreida até chegou falar com minha irmã, que não era mais possível manter eu na casa pois não fazia o serviços com caprichos e eu dormia ate sete hora e que as dez hora eu já havia me recolhido na cama. Pois eu não podia pedir  a minha demissão porque meu pai deu ordem  ao meus patrões para que eu ficasse na casa deles até meu casamento se um dia eu casasse. Mas ainda bem que a minha vozinha já havia falado algo com meu pai; e ele parece que esperava algo acontecer. quando cheguei em casa ele sorriu.  E  também  o  salário que recebia era pouco e que recebia era meu pai que pegava para as despesas. O sitio dos meus pais não tinha como produzir muito,  só morros e pedras; meus pais eram muito pobres e eles precisavam deste dinheiro para se manter ou seja para comprar o sal para o gado e para a cozinha, o café e as roupas que usavam. E também,  porque; segundo  o pai e a mãe: Que era melhor para mim  para  não se acostumar mal  com o dinheiro em mãos e utilizar o dinheiro para coisa impróprias.

             Atualmente o Conceito de Assédio Assedio Moral
         Assédio é todo o comportamento indesejado, nomeadamente o baseado 
em fator  de discriminação praticado  aquando do acesso ao emprego ou no próprio,
 trabalho ou formação profissional, com o  objetivo ou o efeito de perturbar ou
 constranger a pessoa,afetar a sua dignidade, ou de lhe criar um ambiente
 intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador.



A ESCOLA E OS ESTUDOS  

Eu enquadro a minha vida numa luta constante, sempre foi exercida com muita dedicação,persistênciapaciência e de muito trabalho. Também teve seu lado encantador, porque até hoje tudo o que realizei e realizo, faço-o com muito amor.
 Meus estudos foi mais ou menos assim:levantar muito sedo  andar quilometro descalço no frio, na chuva ou no calor.
  De todos os vícios. Acho que é o trabalho que gosto de fazer e só me  engrandece. comecei a trabalha muito cedo com pouca idade.  Mas acredito que o trabalho, por mais humilde que seja, só faz dignificar o ser humano. 


O NATAL SEM PRESENTE MAIS ABENÇOADO

   Não são muitas as recordações de Natal de minha infância, assim como não tinha brinquedos mas  as minhas lembranças estão bem vivas. Lembro que um ano a minha irmã Rita ainda estava viva e ela comprou uma boneca e um martelo para o meu irmãozinho, contudo que o Helibert ainda era criança e o Adronold também, mas não receberam presentes. 

    A árvore de Natal que me recordo é a que tínhamos nesta casa. Era enorme  todos os anos o meu pai tirava do seu plantio de pinheiro um arvore linda e perfeita  e os enfeites eram diferentes dos atuais. Bolas coloridas de vidro bem fino, mais finas de  uma casquinha de ovo, que ao menor aperto se quebravam, juntavam-se com as velas coloridas que  eram presos aos galhos por uns prendedores de metal, semelhantes aos que são usados, atualmente, nos cabelos.
    Para dar a ideia da neve sobre os galhos, era colocado algodão bem branquinho, espalhava-se camadas bem finas de algodão. Para iluminar, fixavam-se com os tais prendedores, minúsculos castiçais de latão, com velinhas de cera torneadas, nas cores branca, vermelha ou verde. Na noite, do Natal, acendíamos. A árvore ficava próxima à janela da sala que dava para uma área interna.
      Não é difícil imaginar que, com o calor, e a brisa noturna ou vento forte, dependendo da ocasião os acidentes era provavelmente nada agradáveis, não eram acontecimentos raros praticamente todos os anos aconteciam.
     Pois para frustração geral, a nossa árvore, como outras tantas, incendiou e  com o desespero do pai e da mãe querendo apagar o fogo a arvore caiu por cima do meu irmãozinho e de mim, eu gritava sem parar pois os espinhos estavam me picando, ao sair debaixo da arvore a mãe dizendo pare de chorar pois o papai Noel foge com tanta gritaria.       Eu rapidamente me calei esperando o papai Noel viesse e trazeminha boneca de porcelana com cachos dourados e olhos que abriam e fechavam e o martelo do meu irmãozinho Welibert, mas, o Helibert e o Atronold não ganharam brinquedos, eles certamente ficara frustrados com o papai Noel. Mamãe dando explicação que talvez o papai Noel acabou esquecendo devido dos meus berros e gritos.
    Mas  que no dia seguinte para despertavam a curiosidade de minhas primas que logo os queriam tirar os cabelos e furar os olhos  e quebrar os dedinhos eu guardei a minha boneca e nuca mais pude brincar com ela, mamãe escondeu somente achei a boneca quando  era adolescente com 18 anos de idade.

      Após desta época, de doces recordações, segue-se outra, de tempos mais difíceis. Os brinquedos eram raros, para não dizer inexistentes, para desespero dos meus irmão não receberam brinquedos que não tinha consciência das dificuldades pelas quais passávamos pediram brinquedos e não recebiam que desejavam, o que só fazia aumentar as  decepção, ao receber o que era viável somente roupas  para o Natal quando era positivável, não passava sem um presentinho mas geralmente era coisa de uso diário  para suprir a necessidade imediata.



Com todas as dificuldades que meus pais enfrentaram e nós ainda criança; mas,tenho lembranças maravilhosa deste tempo. E de pessoas que me lembro com saudades, às pessoas queridas que gostaria de rever. Muitas pessoas, que hoje são estrelas, em outra dimensão a iluminar nossos caminhos tal qual a estrela. Mas graças a Deus, tenho boas lembranças da minha infância junto com meus irmão e meus pais.

 BAILES DE PASCOA E NATAL

Os bailes sempre acontecia no Natal, Ano Novo  e Pascoa não tinha outro lugar para os eventos de baile a não ser no Clube dos Caça e Tiros de Rafael Alto e lá já dancei muito, de acabar com o salto do sapato.  Eu  sempre estava por lá com minhas primas ,irmãos e pais.
Mas antes de  ir nos bailes tínhamos a tal de domingueira nas tardes de domingo; e no Natal era a grande época  de três dias de festa, no Ano Novo também tinha três dias de festas e também na  pascoa tinha os  três dias de festa, a colonia parava para que os jovens pudessem se divertir um pouco. 
A  comida  eram de grande variedades tanto de doces como bolos e como salgados, patos assados, galinha assada , peru assado ,porco assado e tinha todas as variedades de carne de gado.
Ainda bem que tudo isto; um pouco pude passar para os meus filhos.Mesmo numa vida urbana e muito corrido que é a vida deles, eles durante a infância passara as feria com o Opa Bäringer.  O mesmo  os meus netos que vivem trancados  em casa com medo das atrocidades. Fico feliz também que pouco disto eles também aproveitaram para brincar no bosque, rio e outros brinquedos no campo como: correr, pular brincar, subir em árvore, com direito a se machucar, a ralar as pernas e braços, a andar do pátio da casa do sitio, curtir o  Natal do campo. Enfim, saber que existe muito mais que shopping, internet, cinema, piscina, brinquedos de grandes indústrias entre outros.



Fui, sem qualquer dúvida, uma criança feliz. Vivi a minha vida de criança no sitio do meu pai  até os 7 anos. E sempre quando pude voltava par ficar  com eles. E eu tinha os meus melhores amigos, meus irmãos e primas.
Ao lado do sitio do meu pai era o sitio da minha tia Frieda e a minha avó  a mãe do meu pai  morava com  a tia Frieda Eliza. Ela era a única irmã do meu pai. 
A minha Oma tinha um coração mais terno e puro que conheci até hoje. Uma pessoa  muito sábia para o seu tempo,e generosa ao mesmo tempo  humilde. 
Sempre achava  o que me  ensinar e me orientar para a vida, muitas vezes não compreendia o que queria dizer e ela dizia o tempo vai te esclarecer; tinha mesmo razão.
Nosso  sitio eu brinquei de tudo e com tudo. Brinquei à cabra seca e às bonecas, brinquei aos médicos e com a terra, brinquei com os patinhos, e com os porquinhos, nos brincávamos na chuva, com os cães, brinquei com as formigas, só que na maioria ele me picavam e eu  acabava toda inchada e com muita febre;  aprendi com elas,que elas não são brinquedos.
 Brincávamos de às cabanas nas árvores. os meus irmão gostavam de ser os homens dos cipós. Os meu irmãos gostava de ser os donos de muitos cavalos e gado então ele às escondidas colhiam os chuchus e faziam de conta que era os animais deles. Na brincadeira de bonecas era as de espigas de milho e com as bruxas que a mamãe fazia de pano.
Uma criança muito pobre do sitio brinca daquilo que a natureza oferece; além de ajudar nos afazeres de um sitio.
 Era o dia do meu 6º aniversário e alguns meses quando a minha irmã  casou.E eu fui moram com ela  por algum tempo.  A partir desse dia, nada voltou a ser como era; Aquele mundo   cheio de felicidades, de paz, de  alegria e harmonia, desapareceu no nada,  foi embora.
Quando fui morar com minha irmã foi uma  desesperada separação dos meus pais. eu tinha por volta de 6 anos e alguns meses.
Foi uma fase mais dura da minha vida. As palavras ditas pelos meus pais pareciam convincentes mais muito duras, os motivos eram muitos. Tudo isto ficou gravado em minha memoria. Vera as pessoas que eu amava, que significavam tudo para mim ficarem no lugar que amava e eu me distanciar, indo embora.
A carroça , o transporte nosso se afastava do sitio, o que eu muito amava, e muito mais os  meus pais e irmãos; que lá permaneceram. Saíram da minha vida, ou eu sai? Fiquei com meu coração destruído. Melhor dizendo: Eu que deixei eles mesmo sem minha vontade.
Tudo isto provocou uma grande  tristeza em mim uma enorme desilusão, uma enorme solidão e de abandono. Afastei-me de toda gente que me rodeava sem que eu quisesse, tinha vergonha de mim por achar que a culpa de tudo que acontecera ser minha,por ser muito feia, desobediente, preguiçosa; mesmo muito pequenina.  Todos os dias eu chorava e eu não tinha mais a minha mãe perto, ao meu lado nem mesmo meu pai e meus irmãos, e a minha vovozinha que tanto contava historias e me ensinava coisas que ainda não sabia para que servia para que fim utilizar.
Ainda hoje, após de varias d´cada; não falo quase sobre este assunto; pois ainda me custa muito a compreender porque ocorreu todos estes fatos. Ao mentalizar desta perda é difícil entender.  Mas, segundo meu pai e mãe, eles; quiseram o melhor para mim, na época não sabia o que fazer e como fazer.


A MORTE DA QUERIDA  IRMÃ  RITA

Lembro-me bem do dia da morte da minha querida irmão Rita, ela faleceu ainda muito  jovem, mas as lembranças da noite do velório foi muito triste. 
Todos reunidos na casa que era dela. Para fazer as orações e cantorias religiosas para estimular o lado cristão  de cada um. Foi um momento muito triste para todos afinal. Não foi só a perda da Rita mais também da filhinha dela. ela morreu no parto.
Mas imagino que, para a minha mamãe foi muito mais dolorido, muito mais triste. A Rita minha irmão querida era amada por todos, e era a preferida da mamãe e do papai.
No meu pesar: Por muitos caminhos que uma lagrima possa levas, por muitos sentimentos que a dor possa ter, a do r do fim é a que mais custa passar. Porque antes do fim, sempre à esperanças de poder atrasa esse final. Antes do fim, sabia que a chama ainda não estava apagada. Antes do fim, havia em mim a esperança de poder mudar o final, o desfecho de tudo que fazia mal. Por muitos motivos dolorosos que sejam as dores da saudade, da distancia, da angustia, do abandono, nenhuma se compara à dor do perder. Porque este é o ultimo estado da dor.   Depois disso nada dói; depois disso o que doía morre. A dor do fim é a que mais custa passar. 
Ter que me convencer que eu perdi mais ainda; que uma vida que me fazia companhia e eu amava acabou, e que não há nada que eu possa fazer e que perdi alguém  muito importante.
É um momento de luto, porque alguém importante morreu efetivamente.
Hoje percebo que  apenas a passagem para um novo capítulo. Porque apesar a dor  mais difícil de suportar, não há nada que possa se fazer  mas a vida continua. 

Assedio Moral

Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia (a águia empurra os filhotes do ninho para eles descobrirem as suas asas.) São elas que nos empurram para o abismo. E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar e renovar a vida todos os dias.


                       











Bibliografia: 
Assedio Moral
Foto digitalizada por Helmtraut B.P.
texto das memorias da autora