sábado, 10 de novembro de 2012

HEINRICH JOHANN WILHELMM BEHRINGER E SEUS FILHOS E DESCENDENTES.



     

WILHELM JOHANN HÜNRICH BEHRINGER E DE MARIA HUDELN s


Brasão da família  Behringer e sua grafia similar

No auge do povoamento do continente  Americano e também da Austrália precisava de algo forte para que o povo do Império germânico se interessarem a emigrar para outro continente. Então tiveram fazer propaganda que pessoas tivessem interesse para emigrarem para o Brasil, América do Norte e também para Austrália. Quem fazia estas propagandas na maioria das vezes era o jornal “Allgemeine Auswanderungs Zeitung", da Turíngia, cujas edições de 1846 até 1870 estão disponíveis para consulta on-line.



    A família é o amor que plantamos em solo fértil, com raiz e que cultivamos e cuidamos constantemente, para que brotem belas flores e bons frutos. Não é a toa que se compara a família a uma árvore. Afinal, o que é que família senão galhos pela mesma raiz e sustentados por um tronco comum, que precisa ser forte para e sustentados por um tronco comum, que precisa ser forte para suportar as intempéries da vida. A família é feita de laços para durar. Não importa se é família de sangue ou de coração. O importante é que exista amor. As famílias de verdade são formadas por pessoas unidas, que se apoiam incondicionalmente, que querem o bem do outro, que se sacrificam reciprocamente sem pedir nada em troca, que celebram as conquistas e alegrias da vida juntas, e que oferecem os ombros como suporte para dor e para o choro. Os momentos mais felizes de qualquer pessoa são os momentos das reuniões de família.  As lembranças boas sempre são de vivencia.



Veleiro de três mastros


  O GRANDE SONHO E A GRANDE VIAGEM  


    Wilhelmm Johann Hünrich Behringer e esposa Maria Hudeln, com seus cinco filhos, viajaram no Navio Lorenz destino Brasil no ano de 1852. A viagem estava marcada para o dia 25 de fevereiro de 1852, mas o navio atrasou e a partida ocorreu somente no dia 11 de março. No porto de Hamburgo estava lotado de gente, não havia como transitar não tinha lugar para sentar muito menos para deitar para descansar, ficaram dias ao relento, as pessoas começaram a perdem totalmente as esperanças, elas tinha vendido tudo que tinha para investir numa terra nova, um novo começo de esperança. Mas as pessoas começaram a ficar descontentes, desoladas, desconfortadas, desconfiadas e agoniadas pelas incertezas pela demora de uma informação se haveria o embarque ou não. Para a tão sonhada Terra Nova. Então a tal sonhada viagem foi marcada, para o dia 25 de fevereiro 1852, com 18 navios ancorados e zarpando para o MUNDO NOVO.  Os quatro filhos mais velhos, Elizabeth, Marie Louise, Friedrike e Theodor casaram na Fazenda Santa Justa no Rio de Janeiro, em cerimônia realizada pelo pastor da igreja luterana de Petrópolis.


WILHELM JOHANN HÜNRICH BEHRINGER E DE MARIA HUDELN 
 O nomes das filhas (os) dos genros e noras
1. Marie Louise Behringer, casada com   Reimund Jacobi
2. Elizabeth Behringer casada com Friedrich Uhlmann
3.  Friedrike Behringer casada com Treuhardt Männchen
4. Theodor Behringer casado com Leonor Bergmann
5. Michael Behringer casado com Sophie Berlin


CASAMENTO DOS FILHOS DE JOHANN HEINRICH WILHELMM BEHRINGER

Os filhos de Wilhelm Behringer vieram todos solteiros de Wallichen junto com o pai. Os quatro mais velhos, Elizabeth, Marie Louise, Friedrike e Theodor casaram na Fazenda Santa Justa no Rio de Janeiro, em cerimônia realizada pelo pastor da igreja luterana de Petrópolis-RJ.
Ernestine Leonore Elizabeth casou com Heinrich Friedrich Julius Uhlmann
Data: 23 de maio de 1856, Petrópolis, RJ. Fonte: Livro da Igreja Luterana de Petrópolis, RJ, Matrimônios, 1856, reg. n° 68 (microfilme 2244003 SUD).
Marie Louise casou com Raimund Jacobi Friedrike casou com Treuhardt Männchen.
Theodor casou-se com Eleonore Bergman na Fazenda Santa Justa no Rio de Janeiro, em cerimônia realizada pelo pastor da igreja luterana de Petrópolis-RJ.


FILHO DE MARIE BEHRINGER E REIMUND JACOB
1. Carl August Friedrich Jacobi casou com Marie Christiane Josiger
2. Carl Friedrich Wilhelm Jacobi primeira esposa Emilie Ernestine Berner,e
 A segunda esposa Marie Sievers, Henriette Ziemer)
3. Peter Friedrich Christian Jacobi casou-se com Auguste Fritske Berner
4. Marie Tekla Jacobi casou-se com Gustav Richard Rühe,
5. Albert Friedrich Theodo Jacobi casou-se com Ottilie Baumgärtel
6. Heinrich Christian Theodor
7. Laura Wilhelmine Leonore casou-se com Heinrich Blank)
8.Marie Therese Lisette

Marie Tekla Jacobi casou com Gustav Richard Rühe;
no ano de1884 em Blumenau teve dez filhos.
1.  Hermann Albert (casado com Catharina Jacobi e Beatriz Cardoso)
2.  Wilhelm Otto (casado com Thereza Denk)
3.  Richard Luis (casado com Ida, Klabunde e Maria Martins)
4.  Maria (casada com Gustavo Helbing)
5.  Emília (casada com Gumercindo de Oliveira Godoy)
6.  Helena (casada com Heinrich Gestmeier)
7.  Ricardo (solteiro)
8.  Arthur solteiro
9.   Anna (casada com Fernandes Robert) 
10. Theodoro Rüher (casado com Rosa Criminacio

FILHOS DE ELIZABEHT BEHRINGER E HEINRICH JULIUS FRIEDERICH UHLMANN
1.Johann August Uhlmann Nascimento: 06 de março de 1857
Casou-se com Therese Goerg no dia 25 de setembro de 1883 em Blumenau
2. Christian Uhlmann   nasceu no dia 16 de fevereiro de 1859 em Rio de Janeiro.
Casou-se com Mathilde Eger no dia 04 de fevereiro de 1889 em Blumenau
3. Wilhelmine Carolina Henriette Uhlmann nasceu no dia 22 de agosto
4. Heinrich Christian Franz Uhlmann nasceu no dia 13 de junho de 1870
5. Luis Carl Heinrich nasceu no dia 20 de junho de 1876 em Blumanau

Heinrich Julius Friedrich, marido de Elisabeth Behringer,
 Foram colonos em Gaspar, ele faleceu no dia 30 de outubro de 1904,
 Aos 75 anos e 5 meses morreu de doença de estômago.

FILHOS DE FREDRIKE BEHRINGER ou BÄRINGER E TREUHARDT MÄNNCHEN,
 ou   Dreuchart Mönchen e Friedrika Böhring ou Bähringer

1. Christine Männchen nasceu no dia 20 de outubro de 1863.
2. Heinrich Mannchen nasceu no dia 30 de março de1866
3. Friedrika Auguste Abertine Mönchen nasceu no dia 22 agosto de 1868
4. Dia 19 de abril de 1873 nasceu uma filha e morreu 
5. No dia 08 de março de 1875 nasceu um filho, morreu no dia 27 de março. 
6. Robert Friedrich Eduard Männchen nasceu no dia 29 de setembro de 1876 em Gaspar.
7. Minna Clara Männchen nasceu no dia 08 abril de 1886 no município de Gaspar.
8. Emilie Marie Henriette Katharina Nasceu em 10 de junho de 1889 em Belchior



 Theodo Behringer e Eleonore Bergmann ou Leonore

FILHOS DE THEODOR BEHRINGER E LEONORE BERGMANN 

 Johanna Juliana Henriette Anna Behringer, nasceu no dia 04 de fevereiro de 1865
Na colonia Santa Isabel
1.   Johann August Ferdinand Behringer, nasceu no dia 17de janeiro de 1866.
 Na segunda Linha da colônia Santa Izabel. Casou com Wilhelmina karls.
No dia 17 de julho de 1888 em Blumenau.  August faleceu aos 90 anos de idade, em 18 de fevereiro de 1956.
2.    Friedrica Maria Behringer nasceu no dia 30 de maio de 1868.  Na colônia de Santa Isabel
3.   Christine Emilie Henriette Behringer, nasceu no dia de Agosto de 1872
4.  Wilhelm Carl Eduard Behringer, nasceu no dia 09 junho de 1881 no município de Gaspar
5.    Theodoro Behringer, nascido em 16 de junho de1889.
Johann August Ferdinand  Behringer e Wilhelmina nascida Karls



Uma das casa mais antigas da Colonia Santa Isabel bem preservada



  JOHANN AUGUST FERDINAND BEHRINGER E WILHELMINA NASCIDA  KARLS.   Ele é neto do   WILHELM JOHANN HÜNRICH BEHRINGER   Wilhelmine filha do Fredrich Kahls e de Luiza Carl
Johann August Ferdinand Behringer, nasceu no dia 17de janeiro de 1866.
 Na segunda Linha da colônia Santa Izabel. Casou com Wilhelmina karls.
No dia 17 de julho de 1888 em Blumenau.  August faleceu aos 90 anos de idade, em 18 de fevereiro de 1956.

FILHOS DE JOHANN AUGUST FERDINAND BEHRINGER E WILHELMINA KARLS

    1º     Wilhelmm ou Guilherme Behringer nascido em 10 de fevereiro 1893,
    2º     Teodoro Behringer casou-se com casado com Otília Manske
    3º     Wilhelmine Behringer nascida no dia 25 de outubro do ano de1895
   4º     Ricardo August Behringer nasceu no dia 31 de maio de1897
   5º     Luís Behringer não foi completado as pesquisas
   6º      Emília Behringer   nasceu no dia 12de novembro de 1898.
   7º      Bruno Behringer não foi completado as pesquisas
   8º      Célia Behringer não foi completado as pesquisas
   9 º  Ana Behringer não foi completado as pesquisas
  10º          Frederico nasceu no 1913, casado com Lúcia.   
   
 Johann Heinrich Michael Behringer  Filho do  WILHELM JOHANN HÜNRICH BEHRINGER 
  Johann Heinrich Michael Behringer  aos 24 anos casou-se com Maria Sophia Berlin de 18 anos, na colonias Santa Isabel no dia 14 de setembro de 1867.
  Seus filhos:
1.   Friedrich Theodor Behringer, nasceu no dia 27de abril de 1868 Santa Isabel
2.   Emilie Behringer nasceu no dia 13 e no ano de 1872
3.   Carl Wilhelm Leonhard nasceu no dia 01 de agosto de 1874 em Gaspar

O  casamento Michael casou na colônia Santa Isabel - SC, conforme segue abaixo:


Dia e Lugar do Casamento: 14/09/1867
Nome e Domicílio do Noivo: Johann Heinrich Michael Behringer, Santa Isabel
Idade e Local de Nascimento do Noivo: 24 anos
Nome e Domicílio dos Pais do Noivo: Wilhelm Behringer e Maria Hudeln
Nome e Domícilio dos Pais da Noiva: Heinrich Berlin e Katharina Sessendorf
Idade e Local de Nascimento da Noiva: 18 anos
Nome e Domicílio da Noiva: Maria Sophia Berlin, Santa Isabel
Nome e Domicílio das Testemunhas: Nada consta
Observações: Nada consta
Assinatura do Oficiante: Pastor Tischhauser


ÁGUAS MORNAS


          Atualmente a colônia Santa Isabel é uma localidade do município de Águas Mornas-SC, localizado às margens da BR-282.O acesso é pelo lado direito da BR no sentido Lages alguns quilômetros após a entrada principal do município.
É possível visitar a região que pouco mudou desde o final do século XIX, parte da antiga estrada dos tropeiros ainda está lá e sem asfalto, os sítios com algumas casas bem antigas, a igreja luterana logo na entrada da sede.
Ao lado da igreja luterana na sede de Santa Isabel encontrasse o Memorial dos Imigrante alemães, onde estão  estão citados  os nome de todos os que viveram e trabalharam na  comunidade, Santa Isabel. 
Johann Jakob von Tschudi, então Ministro plenipotenciário no Brasil pelo Governo da Confederação Helvética visitou o sul do país em 1861. Um de seus objetivos era rever os imigrantes oriundos das fazendas de parceria paulistas e fluminenses, recém instalados em Santa Catarina. O relato dessa viagem foi publicado em 1866.
Uma vez na colônia Santa Isabel, von Tschudi instalou-se na residência de seu acompanhante Phillip Scheitz e em seguida visitou os colonos vindos do Rio de Janeiro. “O caminho para lá, por uma montanha muito ingreme era indiscritivelmente ruim, porém, já se estava trabalhando num novo, mais plano e mais certo”.
Chegando a Santa Isabel, von Tschudi entra em contato com os imigrantes vindos do Rio de Janeiro e conta que a eles “foi assegurada até a primeira colheita, parte em subsídios financeiros , parte em remuneração na construção da estrada. Eu encontrei estas pessoas assaz satisfeitas. Tivessem sido elas recém-chegadas da Europa, assim eu teria com certeza escutado inúmeras reclamações. Estes colonos já estavam acostumados, através de sua anterior situação de parceria, à lavoura brasileira há anos e agora viam no exemplo de seus vizinhos mais abastados, que trabalho e perseverança iriam com o tempo ser bastante. Esta convicção os estimulará nos primeiros anos de carências e dificuldades. Eles estavam muito satisfeitos em terem conseguido uma meta tão grandemente almejada, isto é, de serem donos, livres de suas terras. O solo … embora montanhoso, é muito fértil. Café e cana-de-açúcar não querem crescer mais aqui, arroz, milho, mandioca, batatas, feijão e outros dão por sua vez, excelentes colheitas... o clima é excelente e aos alemães bastante propício.”

        Na ocasião da visita de von Tschudi era diretor da colônia o sr. Joaquim José de Souza Corcoroca, já seu conhecido, ele escreve que “o detalhe de que o diretor Corcoroca não entendia alemão, não foi empecilho para a comunicação entre eles e os colonos, pois os últimos falavam moderadamente bem o português. Eles não tinham sobre seu diretor nenhuma queixa.”
Essa boa convivência com o diretor Sr. Corcoroca pode ser confirmada, quando em 1862 por ocasião da unificação da colônia Santa Isabel com a vizinha colônia Teresópolis os moradores da primeira firmaram um termo declarando estarem satisfeitos com a administração do Sr. Corcoroca. Assinaram esse termo em 03 de novembro de 1862, entre outros, os colonos Emílio Eger, Carl Männchen e Raimund Jacobi. Mesmo assim, após a unificação a administração da colônia passou ao Sr. Todeschini. O original do documento encontra-se no Arquivo do Estado de Santa Catarina (Florianópolis). 
Os católicos,  apesar de serem em menor número, já haviam construído uma capela que eventualmente recebia o padre de Santo Amaro para celebrações. Os protestantes também haviam construído uma capela de madeira na década de 1850 em terras do colono Scheidt que duas vezes por ano recebia a visita do pastor Hesse de Blumenau. Em 1860 começaram a construção de uma nova capela, desta vez com tijolos feitos de barro batido pelos pés dos próprios colonos. Em 1861, uma das reclamações que von Tschudi recebeu dos colonos era a falta de pastor e professor. “Todos os colonos .. pediram insistentemente, a fazer o melhor possível, para que o Governo lhes concedesse um pastor e um professor.” Em meados de 1861 a Colônia Santa Isabel recebeu seu primeiro pastor, Carl Wagner, pastor Wagner. A capela existiu até 1931 quando foi substituída por uma nova.

O mapa abaixo está disponível nos folhetos turísticos do município e ajuda na visita. Ele representa apenas o município de Águas Mornas, a BR-282 vinda de São José começa na ponta da direita, a marcação com ponto verde é a sede da colônia Santa Isabel que acompanha o antigo caminho das tropas e o rio dos Bugres.
Todos os mapas abaixo foram cedidos pelo pesquisador José Amaro Quinto. O primeiro e o segundo são partes de um mesmo mapa que está no Arquivo do Estado de Santa Catarina (Florianópolis), o terceiro é parte de um mapa que está na Secretaria de Agricultura de Santa Catarina. 


Casa do Pastor Luterano da Colonia Santa Isabel





                              DEFINIÇÃO DAS LINHAS DA COLÔNIA SANTA ISABEL



 Para visitar a Primeira Linha  e a segunda linha onde ficava o lote da família Behringer , Uhlmann, Jacobi, Männchen entre outras famílias  segue da seguinte  maneira: Partindo do litoral, depois de passar pela sede do município de Águas Mornas (em amarelo) entra-se a direita em direção à "colônia Santa Isabel" uma vez na sede da colônia (marcada com ponto verde) entra-se à esquerda na estrada dos tropeiros (Lages Weg)


        Os filhos mais velhos de Wilhelm Behringer vieram com família constituída da Fazenda Santa Justa no Rio de Janeiro, alguns já com filhos. O caçula Michael Behringer casou em Santa Isabel em 14.09.1867 e no registro de casamento consta como seus pais Wilhelm Behringer e Maria Hudeln, apesar de Wilhelm ter vindo sem a mulher da Alemanha.


          Dos filhos de Wilhelm Behringer que foram para a colônia Santa Isabel,
Elisabeth Behringer e Friedrich Uhlmann tiveram um filho em 20.06.1876 em Blumenau
Friedrike Behringer e Treuhardt Mänchenn tiveram um filho em 19.04.1873 em Blumenau
Theodor Behringer e Eleonor Bergmann tiveram uma filha em 04.08.1872 em Blumenau,

Michael Behringer e Sophie Berlin tiveram uma filha em 1872 em Gaspar.


COLONIA SANTA ISABEL SANTA CATARINA família BEHRINGER;  UHLMANN; JACOBI MÄNNCHEN ENTRE OUTROS 



A Estrada Principal da Colônia Santa Isabel ao fundo a Igreja Luterana






         Os primeiros lotes da colônia Santa Isabel (1846) foram os localizados em Löffelscheidt e na Primeira Linha. Os recém-chegados do Rio de Janeiro (1860) foram instalados em sua maioria na Segunda Linha (Zweite Linie) e assim sucessivamente os colonos foram sendo instalados em seis novas linhas de colonização.
       documento da fundação da igreja evangélica da Segunda Linha (Gustav-Adolf-Kirche) de 1932, conta que no início da colonização dessa linha “foi feito um galpão de madeira precário … numa picada que ia a Santa Isabel … quase intransitável no inverno, que servia de abrigo aos colonos no começo das derrubadas. Esses colonos, todos nascidos na velha pátria, além do grande mar, trabalharam como diaristas nas grandes plantações de café .. sofrendo muito sob o sol tropical, a que não estavam acostumados. Por causa desta antiga profissão deles nas fazendas de café chamavam-nos de “Kaffeepflücker” (apanhador de café).”
Passada a fase do abrigo provisório, Behringer  Raimund Jacobi, os Männchen e Ulhmann se instalaram em lotes localizados em linhas distintas. A localização dos lotes pode ser vista no mapa abaixo, feito pelo Prof. Beat Richard a partir das informações deixadas pelo diretor Corcoroca e disponível no Arquivo Público do Estado de Santa Catarina em Florianópolis. Raimund Jacobi instalou-se num lote localizado aos fundos do caminho das tropas Desterro-Lages, na Primeira Linha, Wilhelm Behringer instalou-se na Segunda Linha.
       No mapa acima a longa linha que corta toda a colônia da direita para a esquerda é o antigo caminho dos tropeiros, o rio dos Bugres acompanha a estrada. Da esquerda para a direita o sentido é São José (Desterro, litoral)) para Lages (na serra catarinense). A marcação com ponto verde é a sede da colônia Santa Isabel. Na parte superior do mapa são dois os lotes em destaque, da esquerda para a direita, o primeiro da família Ulhmann, o segundo de Reimund Jacobi (azul). Na parte inferior do mapa são dois grupos de três lotes cada e mais um lote isolado em destaque. O lote isolado era de Carlos Männchen (cinza), o grupo de três lotes na parte superior eram da família Männchen, o grupo de três na parte inferior da esquerda para a direita eram respectivamente de Theodor Behringer (vermelho), Wilhelm Behringer (rosa) e Friedrich Ulhmann (verde).
Os lotes variavam de 25.000 a 275.000 braças quadradas, dependendo da acessibilidade e fertilidade do solo. A maioria possuía 75.000 braças quadradas ou seja, com aproximadamente 360.000 m², mais ou menos 200 m de frente por 1.800 m de fundos.

       As linhas coloniais de Santa Isabel eram: Primeira Linha Velha (atual sede colonial, rio dos Bugres, Santa Isabel), Primeira Linha Nova (atual Löffelscheid), Segunda Linha Velha (atual Linha Bauer), Segunda Linha Nova, Terceira Linha, Quarta Linha, Quinta Linha (atual Linha Scharf), Sexta Linha (atual Rio Antinhas).
Memorial dos imigrante que iniciaram a colonização da Colonia Santa Isabel





FILHA DO  WILHELM JOHANN HÜNRICH BEHRINGER E DE MARIA HUDELN

Raimund Jacobi e Marie Louise Behringer tiveram mais cinco filhos em Santa Isabel, além dos dois nascidos na Fazenda Santa Justa:
em 20.11.1861 nasceu Peter Friedrich Christian,
em 05.01.1864 nasceu Marie Tekla,
em 20.04.1866 nasceu Albert Friedrich Theodor,
em 05.06.1868 nasceu Heinrich Christian Theodor,
em 06.09.1870 nasceu Laura Wilhelmine Leonore,
a oitava filha, Marie Therese Lisete, nasceu em 12.03.1873 em Blumenau. Portanto entre 1870 e 1873 Raimund Jacobi transferiu-se para Blumenau.
Em suma, entre 1872 e 1876 todos os filhos de Wilhelm Behringer haviam deixado a colônia Santa Isabel e se estabelecido   na colonia  Blumenau   (  sendo que  atualmente  Pomerode  , Gaspar, Indaial , Ibirama entre outras localidades  pertencente a  colonia de Blumenau).


A VIAGEM DE WILHELM JOHANN HÜNRICH BEHRINGER; MARIA HUDELN; RAIMUND JACOBI;  FRIEDRICH UHLMANN; FAMÍLIA MÄNNCHEN; FAMILIA BERGMANN;BERLIN ENTRE OUTRAS.



No início de 1852 embarcaram em Hamburgo na Alemanha entre 800 e 900 pessoas em 4 navios. Elas haviam sido solicitadas por sete grandes fazendeiros de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Os navios em questão eram :
        1-     Colonist, capitão J. Bade, partida 25.02.1852, destino Rio de Janeiro
2-   Princess Louise, capitão Baehr, partida 10.03.1852, destino Rio de Janeiro
3-    Lorenz, capitão L. Saabye, partida 11.03.1852, destino Rio de Janeiro
4-  Catharina, capitão Lubaun, partida 11.03.1852, destino Rio de janeiro.




O porto de Hamburgo era um amontoado de homens, mulheres e crianças com todo tipo de bagagem. Quando resolviam pela emigração as familias vendiam tudo que podiam e traziam o que conseguiam. Eram os mais pobres que vinham ao Brasil trabalhar nas fazendas de café paulistas ou fluminenses, isso porque até o valor das passagens era adiantado e nada se dispendia com elas, nesse caso a emigração para o Brasil tinha causa unicamente econômica.

Embarcaram entre outros : 

Raimund Jacobi, sozinho, com 24 anos, de Böhlen (na Turíngia)

Johann Friedrich Uhlmann, com 46 anos, de Böhlen
sua mulher Margarethe Barbara, com 46 anos e sete filhos
Heinrich Julius Friedrich, com 22 anos
Wilhelmine Lucinde,
Friedemann Theodor, com 17 anos
Franz Gustav, com 12 anos
Heinrich Louis, com 8 anos
Friedrike Lucinde, com 6 anos
Lucinde Karoline, com 4 anos

Wilhelm Behringer, de Wallichen e 5 filhos entre 7 e 21 anos
Marie Louise, com 21 anos
Elizabeth
Friedrike
Theodor, segundo Helmtraut Bäringer contava com 14 anos
Michael, com sete anos

Heinrich Jakob Elias Mänchenn, de Böhlen
sua mulher Johanne Elisabeth e seis filhos
Michael Constant August
Auguste Wilhelmine Laura
Karoline Marianne Helma
Heinrich Wilhelm Treuhardt
Eleonore Hulda
Albert Friedemann

Para embarcar, os imigrantes foram até a cidade de Kahla (ou Cahla, 100 km de Böhlen) na atual Turíngia e de lá viajaram um dia de trem até Hamburgo.

Wilhelm Behringer e família, Raimund Jacobi e Friedrich Ulhmann e família, embarcaram no navio Lorenz em 11 de março de 1852. A saída de Wilhelm Behringer e família está na listagem dos passageiros embarcados no porto de Hamburgo, observar que não consta o acompanhamento da “Frau” (da senhora, mulher), Wilhelm teria vindo apenas com os filhos (1° nome da lista)

      FILHOS E NETOS  DO THEODOR BEHRINGER 
 SAÍRAM DA COLONIA SANTA  ISABEL  E FORAM  DESBRAVAR OUTRAS REGIÕES DE SANTA CATARINA



Wilhelm ou Guilherme Behringer e Catherine Reese casaram no dia a 20 de Março de 1818  no Cartório de Blumenau.
          Wilhelm Behringer, nasceu no dia 10 de Fevereiro de 1893.     Seus pais são:   JOHANN AUGUST FERDINAND BEHRINGER E WILHELMINA NASCIDA  KARLS.     Ele é neto do   Theodor Behringer e Eleonore Bergmann.  

Catherine Reese nasceu no dia 31 de agosto de 1894. Filha de Gustav Reese e Elise Urban

FILHOS DE HEINRICH JULIUS FRIEDERICH UHLMANN e ELIZABEHT  nascida BEHRINGER 
 Johann August Uhlmann Nascimento: 06 de março de 1857
Casou-se com Therese Goerg no dia 25 de setembro de 1883 em Blumenau
Christian Uhlmann nasceu no dia 16 de fevereiro de 1859 em Rio de Janeiro.
Casou-se com Mathilde Eger no dia 04 de fevereiro de 1889 em Blumenau
Wilhelmine Carolina Henriette Uhlmann nasceu no dia 22 de agosto
Heinrich Christian Franz Uhlmann nasceu no dia 13 de junho de 1870
Luis Carl Heinrich nasceu no dia 20 de junho de 1876 em Blumenau
Heinrich Julius Friedrich, marido de Elisabeth Behringer,
Foram colonos em Gaspar, ele faleceu no dia 30 de outubro de 1904,


Aos 75 anos e 5 meses morreu de doença de estômago.



 Filho de Frederico Uhlman e de Elisabeth Behringer. Cristiano casou-se com Mathilde Eggert no cartório de Gaspar Santa Catarina
Cristiano faleceu no dia 20 de agosto de 1947. Cristiano e Mathilde pais da Cecília,  Uhlmann. Cecilia casou –se com Alberto Krüger, pais de Wanda Krüger ; Wanda casa-se com Hellmuth Bäringer   estes são pais de Helmtraut
 Bäringer

Friedrich Krüger e Wilhelmine .Kohls pais de  Wilhelm Krüger Natural de Alemanha  casou –se  com Bertha Friederike Ernstine também ela da Alemanha eles são pais  do  Albert Krüger.

 Wilherm Krüger nasceu no dia 19 de fevereiro de 1857.

Alberto Krüger filho  nasceu no dia dia 2 de março de 1892 casou-se com Cecília Uhlmann filha de Christiano Uhlmann e de Mathilde  nascida Eggert (Uhlmann )Alberto e Cecília Krüger.









A 1ª E A 2ª LINHA DA COLONIA SANTA ISABEL


MAPA DA COLONIA SANTA ISABEL DA 3ª E 4ª LINHA

O mapa abaixo está disponível nos folhetos turísticos do município de Águas Mornas  em destaque em amarelo é a localização do município de Águas Mornas, a BR-282 vinda de São José começa na ponta da direita, a marcação com ponto verde é a sede da colônia Santa Isabel que acompanha o antigo caminho das tropas e o rio dos Bugres.







A pequena  Igreja Luterana da Colonia Santa Isabel e uma parte do sobrado de um ilustre morador

 Exemplo de Matrimonio do ano de 1918  O Wilhelm Behringer e Catherina Reese. Meus avós

                                    Esta casa localizava em Ibirama
RESIDENCIA DO WILHELM  CATHERINA  BEHRINGER  ELE É NETO DO THEODOR BEHRINGER  e É  bisneto do  Wilhelmm Johann Hünrich Behringer . Meus avós







Noivos  do ano de 1938  Hellmuth Bäringer e Wanda Krüger. Meus pais






 Matrimonio do ano de 1958 acompanhado pelos padrinhos 
NOME PAIS DO ARNO RINGENBERG
Hans  Ringenberg  nasceu aproximadamente no dia 20 de abril do ano de 1905  no seu  primeiro matrimonio foi com a Elisabeth nascida Jenrich no ano aproximadamente no ano de 1934. Viovou e no segundo matrimonio de o Hans Johann Ringenberg é com a Alida Niemeier.  Os pais do Hans Ringenberg  são os: Johann Ringenberg e Marhie nascida  Gütems
ANNITA BÄRINGER CASOU-SE COM ARNO RINGENBERG
Filhos do casal:
Aurea Ringenberg
Filhos:
Elton Elert
Elaine Elert
Arnaldo Ringenberg  filhos com Ivonete Passos
Johanes Helmuth Passos Ringenberg
Fernanda Luiza da Costa Ringenberg > Maria José Da Costa
Adelaide Ringenberg

Filho do Arnaldo Johanes Helmuth Passos Ringenberg mãe de Ivonete Passos
 Filha do Arnaldo Fernanda Luiza da Costa Ringenberg mãe Maria José Da Costa


Casamento do  Ivo Bäringer e de Tusnelda  nascida Knob. Ele é  neto de wilhelm ou  Guilherme  e Catherina Behringer acompanhado de outros netos do mesmo; nesta foto tem  quatro pessoas de parentesco de 1º grau.



Exemplo de um matrimonio do ano de 1964. de Rita Bäringer e Victor Hebeda. Ela é Neta de Guilherme ou Wilhelm Behringer e de Catherina  cinco membros que são netos dos mesmos citado anteriormente.

 Exemplo de Matrimonio realizado em 1978. Com cinco membros bisnetos do
JOHANN AUGUST FERDINAND BEHRINGER E WILHELMINA KARLS
























Cristiano Uhlman é
Christian Uhlmann  e Mathilde Eger. Ele filho  do Heinrich Julius Fridrich e Elisabeht

Albert  Krüger e Cecilia nascida Uhlmann . Cecilia filha de Christian e Mathilde Uhlmann



Provas individuais como: imagens retratos e fotos digitalizados por helmtraut behringer
Bilder freundlicherweise von den Eltern der Vormund vorgestellt

https://familysearch.org/learn/.../Brasil


Referencia Bliblografica
www.aguasmornas.sc.gov.br/colonia-santa-isabel.htm Urkunde Nr. 10 in:Friedrich Hausmann (Hrsg.): Diplomata 21: Die Urkunden Konrads III.  Certificado No. 10 em:Friedrich Hausmann (eds): Diplomata 21: Os registros de Conrad III. und seines Sohnes Heinrich (Conradi III. et filii eius Heinrici Diplomata). Wien 1969, S. 530–531 (Monumeto Germanise Histórica ; digitalisado ) e seu filho Henry (Conradi et Filii eius Heinrici Diplomata III). Vienna 1969, p. 530-531. ( Monumento Historico Germanios ; digitalizado.
Fotos digitalizado pela Helmtraut Bäringer Pereira.(originais das falmilias citada.)
www.aguasmornas.sc.gov.br/colonia-santa-isabel.htm












sexta-feira, 9 de novembro de 2012

NOVA PATRIA AS DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS IMIGRANTES ALEMÃES

          IMIGRANTES ALEMÃES  E SUAS DIFICULDADES



         A Nova Pátria é esperada com entusiasmo, com esperança de fartura, esperando que encontrassem a felicidade. Começar uma vida maravilhosa junto com sua família.  Com terras férteis e o que plantava dessem frutos abundantes, lindas floresta as e flores silvestres para colorir o jardim da casa, de  todos os lares. Trazendo consigo malas e baús, surrados cheios de utensílios trazidos do velho continente o  que mais que podiam trazer.




Veleiro de três Mastros

       Alguns vieram com a  esperança de criar  condições de poderem  abrir nas cidades as suas industrias e trazerem todos seus familiares. De tão distante vieram e progrediram neste país que escolheram como nova Pátria. E foi o que fizeram e se deram bem no Brasil e se se adaptaram e implantaram em varias regiões no Brasil sua cultura.Devemos muito  aos nossos  antepassados.  De longe vieram. Com saudades ficaram. Somos o que somos o que conhecemos; dos costumes e tradição deixados. Imigrante é aquele que traz nos remendos de suas roupas, as bandeiras de todas as pátrias. Aportaram no Brasil diversas pessoas e por diversas razões pelo motivo econômico, político, social, religioso, guerras, terremotos, hecatombes, decidiram vir para adotar uma nova Pátria. 


Transporte de alguns imigrantes no seculo XIX até os  primeiras décadas do seculo XX
                      Os primeiros Pastores não eram suficientes para atender ao grande número de comunidades que, em muitos casos, estavam separadas por grandes distâncias. A colonização alemã já havia atingido os vales do Caí e Taquari, onde inúmeras pequenas comunidades luteranas evangélicas foram criadas, em templos modestos, onde os colonos se reuniam aos domingos para batizar os filhos e ouvir a palavra de Deus. Numa época em que o único meio de transporte terrestre era o a tração animal, os Pastores venceram estas distâncias a cavalo. Eram Pastores itinerantes, que percorriam as linhas e picadas de tempos em tempos, realizando casamentos e batismos coletivos, ficando hospedados em casas dos colonos.

Somente depois de quarenta anos, após a chegada dos primeiros imigrantes é que a situação das comunidades evangélicas começou a melhorar.
Estilo de Igreja Luterana Sempre no alto com longas escadarias

Uma das promessas aos imigrantes era de plena liberdade religiosa. Mas a Constituição outorgada por D. Pedro I em 1824 determinava que a religião oficial do Império fosse a católico-romana. As demais religiões eram toleradas. Seus cultos deveriam ser praticados em prédios que não possuíssem aparência externa de igreja, ou seja, não poderiam ter torre nem sino. Aos que não professavam a religião oficial era vedado o acesso aos cargos públicos. Apenas a igreja oficial poderia receber auxílio financeiro do Governo. Enquanto os padres católicos eram pagos pelo Governo, os protestantes ou seja Evangelicos Luteranos  deveriam angariar fundos dentro das suas próprias comunidades para pagar os seus clérigos.
Quanto aos casamentos a situação ainda era pior. Apenas os celebrados perante sacerdote católico tinham validade. Eram nulos os casamentos efetuados perante Pastores no exterior ou no País. Toleravam-se os casamentos mistos, desde que os filhos professassem a religião católica, e assim por diante.
Em 1855 o embaixador da Prússia, Senhor. Levenhagen, dirigiu carta ao Governo explicando a situação dos evangélicos e propondo a instituição do casamento civil. Foi apresentado um projeto de lei neste sentido, mas jamais foi sancionado por resistência da igreja católica.
Diante de tal intransigência o Governo da Prússia revogou a licença dada às agências de emigração para alistar emigrantes ao Brasil. Apenas, então, atendendo a esta pressão da Prússia.
 D. Pedro II, em 1863, concedeu aos Pastores Luteranos Evangélicos os mesmos direitos dos padres católicos, quanto ao registro de nascimentos, casamentos e óbitos embora mantidos a exigência, de que nos casamentos mistos os filhos deveriam ser educados na religião católica.

Diante dessa nova situação e com o empenho do Pastor Dr. Hermann Borchard  mobilizou as autoridades eclesiásticas da Alemanha e da Suíça no sentido de remeter Pastores "para os correligionários  Luteranos Evangélicos para oa Brasil.
Apenas com a Constituição Republicana de 1891 foram conseguidos todos os direitos dos evangélicos, pois a mesma separava a igreja do estado, instituía os registros civis e proclamava a plena liberdade religiosa para todos os credos.
Se hoje homenageamos àqueles imigrantes, na sua grande maioria simples colonos, que para cá vieram desbravando matas, enfrentando animais selvagens e iniciaram à semearam o progresso econômico e cultural de que tanto nos orgulhamos, é justo também que honremos àqueles Pastores pioneiros, que para cá vieram, também deixando para trás a sua pátria, família e amigos, para aqui semear a fé e cumprir a sua missão de evangelizar.
                         

    IMIGRAÇÃO ALEMàNO BRASIL
No dia 30 de junho de 1828, saiu do Porto de Bremen o navio veleiro Charlotte Louise, a caminho do Brasil, terra que se mostrava promissora diante de notícias enviadas para a Europa. O Governo da Prússia avisou os interessados na Imigração que seria uma longa viagem e muito penoso, uma  verdadeira aventura ir para um país desconhecido com matas virgens e animais selvagem. O conselho do Governo não foi ouvido pelos Imigrantes.
 O navio aportou no Rio de janeiro em 2 de outubro de 1828. Depois dos imigrantes alemães permanecerem no Rio de Janeiro e até mesmo em Santos, veio para o Sul do Brasil em navio nacional, chegando a Antonina, Paraná, em 15 de janeiro de 1829.
 A história narra que os imigrantes permaneceram algum tempo na localidade denominada Porto de Cima do Estado do Paraná, e no dia 6 de fevereiro estavam em Rio Negro, onde ficaram em verdadeiro estado de abandono. Assim, é seis de fevereiro de 1829 foi a data da fixação da primeira colônia alemã no Paraná. Foi destinada aos primeiros colonos a região localizada cerca de 40 km da costa da atual capital, o núcleo da Província São Pedro de Alcântara. Pode ser que entre o desembarque em Antonina, Paraná, e a chegada em Rio Negro, Paraná, os colonos tenham permanecido no referido núcleo.
No Brasil, o ano de 1848 foi decisivo para a colonização alemã em Santa Catarina. Ocorria em toda a Europa imigração incessante e intensa das populações alemãs para os países livres da América. A imigração em massa era nada mais nada menos que fruto dos desajustes sociais na Europa durante o Século XIX. Vivia na Prússia, no ano de 1843. o Cônsul geral do Imperial Governo Brasileiro. Seu nome era Johann Jacob Sturz.
Este homem voltou para o Brasil depois de exercer às vezes de Cônsul na Prússia e passou a ter grande relacionamento social e político com as Autoridades, Ministros e principalmente com a família Imperial. Johann Jacob Sturrz foi o precursor do movimento abolicionista no Brasil  ele foi um dos mais notáveis abolicionistas da época.
O Governo Imperial Brasileiro nomeou Johan Jacob Sturz representante do Brasil no reino da Prússia para levar adiante movimento de substituição das forças braçais negras por brancos livres. Pode-se dizer que a imigração de alemães para o Brasil obteve amparo, também, neste aspecto sociológico.
No ano de 1850 era Presidente da Província Dr. João José Coutinho, o qual aprovou os projetos da Sociedade Colonizadora de Hamburgo. Como se disse, a colonização iniciou-se por São Francisco do Sul. Esta Cidade  os colonizadores foi por muitos anos denominada de Colônia Dona. Francisca, em homenagem a Princesa Brasileira. A maior parte da imigração de alemães para a Colônia ocorreu entre os anos de 1851 até o ano de 1856, quando cessou por completo.
Posteriormente, a Colônia Dona Francisca passou a denominar-se Joinville, ou seja, nome de uma cidade francesa, onde se situava o Castelo onde nascera François Ferdinand Philippe Louis Marie, o Príncipe de Joinville.
 Isto ocorreu porque o Terceiro Relatório da Sociedade Colonizadora, firmado por Benno Frankenberg denominou o lugarejo, ou seja, as terras recebidas pelo Príncipe como dote, definitivamente de Joinville.
  
             IMIGRAÇÃO ALEMÃ VINDA AO BRASIL  
No Ano de 1818 vieram colonos suíços do cantão Friburgo, da Suíça alemã na área que denominaram Nova Friburgo, no reinado de D. João VI para Nova Friburgo, Rio de Janeiro.
Em 1818 vieram 165 famílias alemãs, para cultivar fumo, cacau e cereais em Ilhéus, Capitania da Bahia.
No ano de 1819,  aproximadamente 200 famílias alemãs, instaladas no norte da Capitania da Bahia, São Jorge, Bahia.
No mesmo ano de 1819, 40 famílias alemãs que foram contratadas para trabalhar na Fazenda Mandioca, tendo sido os primeiros colonos "braços livres" a trabalhar numa fazenda, no Brasil. 
O major Schaeffer: Alemão, Contratava mercenários trazidos da Alemanha, para formar o "Corpo de Tropas Estrangeiras", no Exército Brasileiro, imediatamente após a proclamação da Independência, através do médico Anton Von Schaeffer, chegado no Brasil em 1821 e nomeado major da Guarda Imperial, pelo imperador D. Pedro I. Formaram dois batalhões de caçadores e dois de granadeiros. Os contratados, dois tenentes engenheiros, que foram incorporados ao Exército Brasileiro, por não haver uma unidade de engenharia no Corpo de Tropas Estrangeiras: os tenentes Halfeld e Koeler, que foram, respectivamente, fundadores de Juiz de Fora e de Petrópolis. 
Duzentos sessenta e quatro colonos evangélicos  trazidos pelo  major Schaeffer, que iriam para o Sul do Brasil, mas foram instalados perto do morro de Queimados, na Serra do Mar, para protegera costa brasileira. 
No ano de1824 a segunda expedição de colonos trazida pelo major Schaeffer, foram mandados para o Rio Grande do Sul, tendo sido instalados onde hoje são as cidades de São Leopoldo, Novo Hamburgo e outras. Nessa região aconteceu a estúpida batalha, cujo relato ganhou o nome de Os Muckers. 
A terceira expedição de colonos enviados pelo major Schaeffer, que fundaram a colônia de Três Forquilhas, também no Rio Grande do Sul.
Em 1825 o major Schaeffer trouxe para o Brasil a última leva de imigrantes alemães 
No ano de 1829  o alojados de  Santo Amaro da Cidade de Santo Amaro em  São Paulo. Esses, na verdade, foram alojados no meio da selva, naquele momento, por exigência dos fazendeiros escravocratas, que não os queriam próximo dos escravos. Tentando assim escravizá-los também de uma forma ou de outra.
 Em 1829 colonos Itapecerica, alojados onde hoje se situa a cidade de Itapecerica. 
 No ano de 1829 Uma parte de uma expedição destinada ao Rio Grande do Sul,  fundaram a Colônia São Pedro de Alcântara, em Santa Catarina. Mais tarde, em 1846, para ela foram mandados 300 colonos que estavam no Rio de Janeiro, e foram totalmente abandonados.
 No mesmo ano de 1829  A segunda expedição chegada em Santa Catarina, também parte de uma expedição mandada ao Rio Grande do Sul, que foi alojada na foz do Rio Itajaí, Grande Itajaí,  onde foi fundada a cidade com o nome de Itajaí.
 Em 1835 a terceira expedição  desembarcou,  em Santa Catarina, alojando-se na margem do rio Itajaí Pequeno. 
No ano de 1837 Os 283 colonos Justini, que se revoltaram pelas condições de viagem no veleiro francês "Justini", que se destinava a Sydney, Austrália, e desembarcaram no Rio de Janeiro, foram alojados no Caminho das Cabras, na serra da Estrela, em Petrópolis.
 Em 1839, Os 196 artífices e suas famílias, destinados ao Recife, para remodelar a cidade,  Vieram através da Companhia de Operários. 
 No mesmo ano de 1839 foi formado um Batalhão de Polícia do Pará, com 800 soldados alemães contratados para enfrentar os revoltosos da Cabanada; vitoriosos, transformaram-se no.  Primeiro Batalhão de Polícia do Pará. 
 Em 1845, foram 1.818 colonos alemães que se estabeleceram na fazenda Córrego Secos, de propriedade de D. Pedro II. Em  Petrópolis, Rio de Janeiro.
Os Colonos que foram instalados em Santa Isabel, no Espírito Santo, no ano de 1847, estes foram alojados em condições tão terríveis, que inspiraram a Graça Aranha seu romance Canaã, pela precariedade e despeito com os imigrantes. 
No mesmo ano de 1847, 80 famílias contratadas pelo Senador Vergueiro, em São Paulo, para trabalhar em sua fazenda, em regime de meação.
 No ano de 1848. As 600 famílias importadas pelo governo da província  foram alojados em Macaé,foram  abandonadas  a própria sorte em Niterói,do Rio de Janeiro.
 No mesmo ano de 1848 uma parte dos mesmos sobreviventes  acima  22 deles,   foram alojados na localidade de Valão dos Veados.
 No mesmo ano de 1848 chegaram Colonos Leopoldina,  mais colonos que vieram para o interior de Santa Catarina, onde fundaram a Colônia Leopoldina.
 Em 1849 Colonos de Santa Cruz: contratados pelo governo imperial, fundaram a colônia Santa Cruz, no interior do então São Pedro do Rio Grande do Sul.
 No ano de 1850 vieram os Colonos Blumenau  da Colônia São Paulo de Blumenau, fundada por Hermann Bruno Otto Blumenau.
Em 1851, chegaram os Colonos de Dona Francisca. Em terras pertencentes a irmã do imperador Dão Pedro II, Dona Francisca, esta contratou a Sociedade Colonizadora Hamburguesa para colonizar a área, na divisa do Paraná com Santa Catarina. Das diversas cidades que resultaram desse empreendimento, a mais importante foi Joinville.
 No ano de 1851, 1.800 homens alemães foram contratados, e 80 oficiais, que se compunha de um batalhão de infantaria com seis companhias, um grupo de artilharia com quatro baterias e duas companhias de sapadores, contratada do norte da Alemanha pelo governo imperial para combater Manoel Rosas, sob o comando do então Conde de Caxias, que se fixaram no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, após terminada a missão.Em 1852 tornaram –se colonos de fazendas, na Fazenda Santa Rosa, do Barão de Baependi, 132 colonos; para a Fazenda Independência, de Nicolau A. N. da Gama, vieram 172. A Fazenda Santa Justa, de Brás Carneiro Belens, ficou com 155 colonos. Destinaram 143 colonos para a Fazenda Coroas, de M.N. Valença. E 67 colonos foram para a fazenda Martim de Sá, de João Cardoso de Meneses. Em 1861, na inauguração da estrada de rodagem União Indústria, todos eles vieram para Juiz de fora.
 No ano de 1855, vieram colonos para  Rio Novo, quando chegaram à província do Espírito Santo, foram alojados nas selvas do Rio Novo, onde muitos foram trucidados pelos índios ou pelas feras.
 Em 1856 Os Colonos Santa Leopoldina compostos por colonos alemães e suíços, no Espírito Santo, resultaram nas colônias de Jequitibá, Santa Maria, Campinho, Califórnia, Santa Joana, Santa Cruz e  de 25 de Julho.
 No ano de 1856 Vieram colonos  para Mucuri, contratados por Teófilo Ottoni, chegaram em Nova Filadélfia, no Vale do Mucuri, os primeiros colonos alemães para Minas Gerais. Maria Procópio havia trazido, em 1856, cerca de 250 alemães, especialistas em pontes de ferro, mecânica, carpintaria, ferraria, construção; em 1858, trouxe mais 508 mulheres e 636 homens, incluindo crianças e bebês. Desses últimos, 641 eram católicos e 503, luteranos. 
 Em 1857 foi formado a Colônia Santo Ângelo, chegaram em 01 Novembro 1857 as primeiras famílias, a maioria  alemães prussianas, que se estabeleceram na região do hoje município de Agudo,  no Rio Grande do Sul.
Os colonos de D. Pedro II: diz respeito a Mariano Procópio e à história de Juiz de Fora. O primeiro embarque aconteceu na barca Teel, que saiu da Alemanha em 21 de abril de 1858, com 232 colonos  com 116 homens e 116 mulheres; do total, 145 protestantes e 87 católicos. para a Companhia União e Indústria, tendo chegado ao Rio de Janeiro, em 24 de maio de 1858. O segundo aconteceu em 25 de junho de 1858, também  desembarcaram no Rio de Janeiro, com a barca Rhein. Foram182 colonos de ambos os sexos. O terceiro desembarque no Rio de Janeiro ocorreu em 25 de julho de 1858, trazendo 285 colonos na barca Gundela. O quarto desembarque foi no dia 29 de julho de 1858, trouxeram 249 imigrantes, pela barca Gessner. No quinto e último foi pela barca Osnabrück, que chegou no dia  3 de agosto de 1858, com 215 colonos.




IMIGRAÇÃO ALEMÃ PARA O BRASIL DE 1824 á 1969
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PERIODO                                                         NUMEROS DE IMIGRANTES
1824`a 1847 ………..............................…………….8176
1848 à 1872 …………………………………………..19.553
1872 À 1879 ……………………………………….…14.325
1880 à 1889……………………………….…………..18.901
1890 à 1899 ……………………………..………….. 17.084
1900 à 1909 …………………………..………………13.848
1919 à 1919 …………………………..………………25.902
 1920 à 1929  ……………………….………………..75.801
1930 à 1939…………………………………………..27.497
1940 à 1949  ……………………….……………….. 6.807
1950 à 1959 ……………………….…………………16.643
            1960 a 1969 …………………………..………………. 5.659

   AS DIFICULDADES DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ DO BRASIL (1812 à1860).

 O início da viagem foi uma grande aventura: a viagem  pelo Atlântico levava de 90 a 120 dias isto quando ia tudo bem, por muitas vezes demorava muito mais.
 Os suíços que haviam chegado ao Brasil em 1819, oriundos de Freiburg e que aqui se instalaram em Nova Friburgo, tiveram uma viagem desastrosa. Por falta de organização aguardaram por 2 meses o embarque no porto da Holanda. Mal instalados ali mesmo enterraram 43 emigrantes. Os 2.018 montanheses arrebanhados por campos e aldeias atravessaram o Atlântico espremidos em 7 barcos. Um dos barcos, da Urânia, em que embarcaram 437 passageiros, devido a uma epidemia, marcou sua rota marítima com um rastro de 107 corpos. Mais de um cadáver por dia. Um quarto dos passageiros lançados do tombadilho.
No Rio de Janeiro outra mortandade em decorrência de febres tropicais. Ao todo, de uma Friburgo à outra, na velha  Suíça e a outros no Rio de Janeiro, somaram-se o total de 389 baixas. Dos 2.018 colonos que saíram da Europa  chegaram apenas 1.631,  no Brasil. 
O índice de  mortandade parecido com o dos navios negreiros! 
 Com o ingresso de Major Schaeffer no processo imigratório isto não haveria de acontecer. Homem extremamente diligente organizou com todo o cuidado os embarques. Em cada uma das 27 expedições que organizou de 1824 até1829 havia um "comandante do transporte" ou "chefe da expedição", que zelavam pela disciplina, pela higiene bordo bem como dos direitos e deveres dos passageiros. A alimentação não era descuidada. Os comandantes convidavam passageiros para os seus camarotes para comprovar que a alimentação servida aos tripulantes era a mesma que era servida aos passageiros. Em cada navio havia um médico cirurgião, farmacêutico e enfermeiros para cuidar da saúde bem como da higiene para evitar a erupção de epidemias a bordo. Evidentemente que ocorreram mortes nas viagens, mas estas sempre foram decorrentes de causas diversas, e não devidos à má alimentação ou falta de higiene da embarcação ou dos passageiros.
Embora mais seguras quanto às moléstias às viagens não deixavam de representar um grande temor para os passageiros. Vamos resumir apenas o que aconteceu com 4 das 27 embarcações que chegaram ao Rio de Janeiro de 1824 a 1829.
O primeiro veleiro, o Argus saiu de Hamburgo no dia 27 de julho de1823, desde o início foi assolado por fortes tempestades que sopravam para o Oeste. Depois de perder o mastro central atracou no porto holandês de Texel. 
Durante as reformas cerca de 30 passageiros fugiram com medo de prosseguir a viagem. Em 10 de setembro reiniciou a viagem que não foi mais feliz que a primeira. Nova tempestade os obrigou a arribar na Ilha de Wight, ainda na Holanda. Depois de 15 dias, inicia a terceira partida, mas um forte furacão obriga a embarcação a atracar no Porto de Biscaia na Espanha e mais tarde nas costas da África, onde após muitas delongas conseguiu fazer um ancoradouro seguro na Ilha de Tenerife, de onde partiu no dia 8 de Novembro para chegar no dia 7 de Janeiro de 1824 ao Rio de Janeiro, trazendo 284 pessoas, sendo 134 colonos e 150 soldados. Entre os passageiros encontrava-se o pastor Friedrich Oswald Sauerbronn, o primeiro pastor evangélico do Brasil que se radicou em Nova Freiburgo cuja esposa faleceu durante a viagem em virtude de um parto.
 No Argus também viajou Karl Niethammer o primeiro boticário da Colônia Alemã de São Leopoldo.
Outro veleiro que passou por peripécias foi o  veleiro Germânia que trouxe a 4º leva de imigrantes. Capitaneado por Hans Voss e tendo como "comandante do transporte" o Ten. Ferdinand von Kiesewetter.
Partiu de Hamburgo no dia 9 de maio de 1824 até o porto de Glückstadt, no Rio Elba, de onde zarpou no de 3 de junho de 1824 e chegou ao Brasil o Estado de  Rio de Janeiro no dia 14 de setembro de 1824 trazendo 401 passageiros sendo 277 soldados e 124 colonos. A bordo estavam tambem o pastor Johann Georg Ehlers, Karl von Ende e Johann Daniel Hillebrand.
Johann Georg Ehlers foi o primeiro pastor evangélico de São Leopoldo e que iniciou os registros eclesiásticos ainda a bordo do Germânia; o  Karl von Ende o primeiro médico   e o Johann Daniel  Hillebrand  também era  médico e  o primeiro administrador da Colônia Alemã de São Leopoldo.
A viagem deste veleiro foi marcada por rebeliões e desordens. O navio além de 124 colonos trazia também 277 soldados, entre eles um pequeno contingente de ex-prisioneiros saídos das casas de reclusão de Hamburgo. Ainda atracado em Glückstadt no Elba um recruta tentou incendiar a embarcação. Durante uma tempestade houve rebelião a bordo. Após das investigações por uma Comissão foram responsabilizados 8 passageiros, todos ex-prisioneiros das prisões de Hamburgo que foram julgados e fuzilados. O Pastor Ehlers e o médico Hillebrand faziam parte da Comissão.
O veleiro Cäcília também teve uma viagem muito complicada. Depois de passar por terrível tempestade em que perdeu todos os seus mastros, foi abandonado pelo Capitão por considerar a embarcação perdida. Ficou vagando ao "Deus dará" pelo Canal da Mancha até ser encontrado por um barco inglês que o rebocou até o porto de Plymouth na Inglaterra. Ali os náufragos aguardaram por 2 anos por um novo embarque para a América, fato proporcionado para interferência da imperatriz austríaca Dona Amélia von Leuchtenberg em viagem ao Brasil. Os passageiros do Cäcilia que deixaram a Alemanha em 1827 chegaram ao Rio de Janeiro no dia 29 de Setembro de 1829, sendo esta data comemorada, ainda hoje, no "Michelskerb" (Kerb de São Miguel) de Dois Irmãos e São José do Hortêncio onde a maioria dos passageiros do Cäcilia se estabeleceram.
Não menos urbulenta foi a viagem do brigue holandês "Ativo". Depois de uma tenebrosa travessia do Atlântico ao invés de atracar no Rio de Janeiro foi até a costa de Pernambuco, onde 122 dos 140 passageiros 18 morreram durante a viagem, e os restante dos imigrantes foram abandonados à própria sorte.  Estes fundaram um pequeno núcleo germânico que batizaram de Santa Amélia.  Estes se dedicaram à agricultura rudimentar e à produção de carvão vegetal. Consta que alguns com recursos próprios e viajando até em carros de boi,  fora através das matas, chegaram anos depois em Santa Catarina e outros no Rio Grande do Sul.
Nada pode ser comparado  com a embarcação da Company Patie, Holandesa este zarpou no dia 10 de outubro de 1825.
 O Brasil do mês Dezembro de 1825  entrou em conflito com Argentina. A  guerra contra a Argentina pela posse da Província Cisplatina ( atual Uruguai). Ao chegar próximo ao Rio De Janeiro . Nomes de Janeiro de 1826 o Company Patie foi aprisionado por corsários a serviço dos castelhanos, sendo levado ao sul com destino à Argentina. Na entrada do porto de Buenos Ayres a embarcação foi interceptada por navio de guerra brasileiro e os passageiros instalados na Ilha das Flores situada nem frente a Montevidéu. Dali dos 281 cerca de 200 fugiu para a Argentina, com o "comandante do transporte" Karl Heine que dizem ter sido um agente de imigração a serviço de Rosas. Os 81 restantes voltaram ao Rio de Janeiro aonde chegaram em 17 de maio de 1826.
A relação de acidentes com embarcações, no primeiro período da imigração que vai de 1824 a 1830, encerra-se com o naufrágio do Bergantim Flor de Porto Alegre. Saiu do Rio de Janeiro em fins de 1824 com destino a Porto alegre. No início de Janeiro de 1825 naufragou na costa gaúcha, encalhado nos bancos de areia em frente a Mostardas. Dos 61 passageiros 2 morreram afogados. Os demais se salvaram nadando até a praia onde foram acolhidos pelos moradores do lugar. Uma media de 15 colonos instalaram-se em Torres. Os demais náufragos entre eles o pastor Leopold Voges chegaram no dia 11 e Fevereiro de 1825 em São Leopoldo.
Nos 27 embarques organizados por Schaeffer entre o ano de 1824 até o ano de1829, chegaram ao Rio de Janeiro cerca de 5.000 colonos e outros tantos soldados. Estes eram engajados nos Batalhões dos Estrangeiros. Os colonos ficavam alojados em galpões da Praia Grande ( Niterói), aguardando viagem ao sul. Enquanto a travessia oceânica era feita em navios de três mastros, as viagens para Porto Alegre eram efetuadas em bergantins, sumacas e escunas, com dois mastros apenas, por causa do pouco calado da barra de Rio Grande. A Capital da Província de São Pedro era atingida em média em três semanas de viagem. Ao desembarcarem em tyerras brasileira até depois de recepcionados pelo Presidente da Província, ficavam alojados na extremidade sul do porto, em prédio do arsenal de guerra, próximo à atual usina do gasômetro. Para o transporte até São Leopoldo, na época conhecida por "Passo do Courita" Ali morava um português natural de Coura. Eram utilizados lanchas toldados, movidos à vela e a remo. Em carretas os colonos chegavam à Feitoria do Linho-Cânhamo onde ficavam alojados até o recebimento do seu lote de terras.
A Feitoria havia sido fundada no ano de 1783, pelo vice-rei Dom Luiz de Vasconcellos e Souza e instalada inicialmente no sul do Estado no local então denominado de "Rincão do Caguçu". Seu objetivo era plantar o linho-cânhamo, cientificamente conhecida por "canabis sativa" e que hoje e conhecida por "maconha". Esta planta fornecia excelente fibra para a fabricação de cordas, cordoalhas e velas largamente empregadas na navegação da época. Devido a sucessivos déficits, creditados à baixa produtividade das terras, foi a Feitoria em 1788 transferida para as margens do Rio dos Sinos. Os resultados ali obtidos também não foram satisfatórios. Por isso foi extinta no dia 3 de março de 1824. Suas terras, correspondentes a duas léguas, correspondentes a 180 colônias de 100.000 braças quadradas, foram subdivididas e distribuídas entre os colonos alemães que ali aportaram, em numero de 39 pessoas no dia 25 de Julho de 1824. Dos 321 escravos apenas nove permaneceram na Feitoria à disposição da administração José Thomás de Lima e que prestaram grande serviço na construção das casas para o alojamento dos imigrantes que ano a ano vinham em maior número. Em 1824 chegaram a São Leopoldo, 126 imigrantes; no ano de 1825 vieram 909;  no ano de 1826 desembarcaram 828 imigrantes; em 1827 vieram 1.088 imigrantes;no ano de 1828 ,veio 99 imigrantes; em 1829 desembarcaram no Brasil 1.689 imigrantes e no ano de1830 chegaram 117 imigrantes ao  total de 4.830 imigrantes.
Os recém chegados à Feitoria de logo se depararam com novos problemas:
Por falta de demarcação das terras, muitos ficaram instalados nos prédios antes ocupados pelos escravos, aguardando por meses o assentamento dos lotes;
A demarcação dos lotes fora feita apenas na parte frontal, ficando os limites laterais por conta dos proprietários, o que gerou muitas brigas e questões judiciais;
Os subsídios que deveriam ser pagos nos primeiros dois anos eram suspensos tão logo os agricultores não tiveram meios do seu  sustento por não conhecer as plantas tropicais, o que ocorreu já ao final do primeiro ano; os imigrantes que chegaram em 1829 e 1830 nada receberam, pois as verbas haviam sido suspensas no orçamento pelo governo imperial;
Todos estes problemas e percalços não foram suficientes para demover o espírito empreendedor daquela pobre massa trabalhadora.
Apenas um ano após a chegada dos primeiros imigrantes, junto ao "Passo do Courita" artesãos que não possuíam aptidão para o trabalho na terra haviam formado uma florescente povoação, posteriormente batizada de São Leopoldo.
No primeiro período da imigração iniciou do ano de 1824 a 1830 todo os vale do Rio dos Sinos, havia sido ocupado pelos imigrantes.
Além de São Leopoldo haviam fundado Novo Hamburgo (Hamburgerberg), Campo Bom, Dois Irmãos (Baumschneis), Ivoti Berghanerschenis,depois Bom Jardim), Estancia Velha, Sapiranga (Leonerhof), além de São José do Hortêncio (Portugiserschneis). A partir de 1836 haviam também ocupado terras ao leste de São Leopoldo como Taquara do Mundo Novo, fundada por Tristão Monteiro e Igrejinha, por eles batizada de "Kleinkirchen";
Em todas estas localidades o comércio, a indústria e os artesãos ( sapateiros, curtidores, seleiros, ferreiros, carpinteiros, tecelões, alfaiates, etc. ) estavam em franco progresso, quando em 1835 estourou a Revolução Farroupilha. Os imperiais ou legalistas juntaram-se ao Dr. Hillebrand a quem também se juntou o major Ferdinand Maximilian Kersting, Tem. Heinrich Wilhelm Mosye e outros; os rebeldes ou farroupilhas uniram-se ao Major Hans Ferdinand Albrecht Hermann von Salisch nomeado, pelo governo revolucionário, Diretor da Colônia de São Leopoldo. Durante os 10 anos da Revolução as atividades da Colônia estiveram paralisadas. O envolvimento da Colônia Alemã neste triste episódio que dividiu a família  do Rio  Grande  do Sul, teve a participação de centenas de imigrantes, lutando de ambos os lados, semeando a morte , tristeza e a destruição em toda região.

  SANTA CATARINA E SEUS IMIGRANTES
Em Santa Catarina os primeiros colonos alemães aportaram em 1829, na atual cidade de São Pedro de Alcântara. Essa colônia fracassou. A grande colonização germânica no estado só ocorreu um pouco mais tarde, a partir de 1850. A colônia de Blumenau, no vale do Rio Itajaí-Açu, foi criada por Hermann Blumenau em 1850. Acompanhado por outros 17 alemães, Hermann achou um clima da região agradável, cortada pelo rio, propícia para a fundação de uma colônia. Em 1860, ele vende a colônia para o governo imperial e em 1880, Blumenau torna-se município, contando com 15.000 habitantes, em sua grande maioria alemã. Em 1851, inicia-se a colonização de outra região de Santa Catarina, a partir da fundação da Colônia Dona Francisca, atualmente é o município de Joinville do Estado de Santa Catarina. Entre 1850 e 1888, chegaram à região 17.000 colonos alemães, a maioria protestantes, agricultores sem recursos, comerciantes e artesões. A partir dessa colônia, os alemães se expandiram e colonizaram todo o norte de Santa Catarina.
  A marca dos imigrantes alemães esta em diversos Estados do Brasil,  em lajeado  do  Estado  de Rio Grande do Sul. No caso do Paraná, a colonização alemã foi mais sensível, porém, não menos importante. Em 1829 chegaram os primeiros colonos germânicos, na atual cidade de Rio Negro  do Estado do Paraná  No Paraná novas correntes chegariam nas décadas seguintes, mas só a partir de 1870 que a colonização cresceu. Em 1878, alemães vindos da região do Rio Volga Os alemães  Russos da Rússia, estabeleceram-se nos Campos Gerais, perto das atuais cidades de Ponta Grossa e Lapa  do  Estado Paraná.
 As maiores partes dos colonos germânicos só chegaram ao século XX, e se fixando em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
     

REFERENCIAS DE SETES INTERNET 


             A saga do Imigrantes Alemães
1. Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM. http://www.museus.gov.br/
2. Imigrantes Italianos - http://www.imigrantesitalianos.com.br/
3. Museu da Imigração Italiana em Taubaté – SP.
http://www.guiataubate.com.br/canais/museu,3,museu-da-imigracao-italiana.html
4. Museu Nacional de Imigração e Colonização. Joinville – SC.
mnic@joinvillecultural.sc.gov.br
5. Portal Italia-Brasil -
http://www.portalitalia.com.br/sitesbr/sitesbr.asp?idtema=1&idsub=3
6. Museu de Memórias do Bexiga. Rua dos Ingleses, 118. São Paulo – SP.
7. Portal Oriundi - http://oriundi.net/site/oriundi.php?menu=noticiasdet&id=17237
8. Portal Prefeitura do Municipio de São Paulo -
http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/historia/index.php?p=5175
9. São Paulo dos Mil Povos.
http://www.partes.com.br/especial_sp_450/documentomilpovos.htm
10. Portal Italia Oggi - http://www.italiaoggi.com.br/ital_indice.htm
11. Portal Info- Escola - http://www.infoescola.com/geografia/imigracao-italiana-nobrasil/

 Imigração alemã
BERARDI, Maria Helena Pretillo. Santo Amaro. São Paulo : Prefeitura Municipal,
Secretaria da Educação e Cultura, 1981. (Série história dos bairros de São Paulo ; v. 4).
HUNSCHE, Carlos Henrique. Imigração alemã. In: História da imigração no Brasil : as
famílias. 7. ed. São Paulo : Serviço Nacional de Divulgação Cultural Brasileiro, 1986.
JOCHEM, Toni Vidal. A epopéia de uma imigração : resgate histórico da imigração.
Águas Mornas (SC) : Edição do Autor, 1997.
JOCHEM, Toni Vidal, ALVES, Débora Bendocchi. São Pedro de Alcântara : 170 anos
depois, 1929-1999. São Pedro de Alcântara (SC) : Coordenação dos Festejos, 1999.
O OLHAR e o Ficar : A Busca do Paraíso: 170 anos de Imigração dos Povos de Língua
Alemã.. São Paulo : Museu da Imigração : Pinacoteca do Estado, 1994. Catálogo da
Exposição.
STAHLBERG, Altino. Imigrantes alemães e suíços em Limeira. Limeira : [s. n.], 1999.
ZENHA, Edmundo. A colônia alemã de Santo Amaro : sua instalação em 1829. Revista
do Arquivo Municipal, São Paulo, n. 32, p. 51- 142, 1950.